A Organização Mundial de Saúde (OMS) caracteriza que o abuso sexual de crianças como "o envolvimento de uma criança em atividade sexual que ele ou ela não compreende totalmente, não tem capacidade para dar seu consentimento informado ou para o qual a criança, por seu desenvolvimento, não está preparada e não pode consentir ou que viola as leis ou tabus sociais”. No entanto, várias são as consequências da violência sexual contra crianças e adolescentes, as quais se manifestam em diversos níveis de gravidade. Os principais danos físicos são lesões genitais e anais, como lacerações, fissuras, sangramentos, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, entre outros. Os danos psíquicos são distintivos, como, por exemplo, distúrbios de sono e alimentação, baixo rendimento escolar, fugas de casa, depressão, uso excessivo de substâncias psicoativas, delinquência, prostituição e risco de revitimização ao longo da vivência. Para tanto, da análise do estudo emergiram que o abuso sexual de crianças e adolescentes nem sempre é denunciado, e muitas vezes é omitido pelos responsáveis legais, que também podem ser os abusadores. Nesses casos a enfermagem é essencial para a identificação do crime contra o menor de idade, bem como, esses profissionais devem ter um cuidado técnico e subjetivo para reconhecer os sinais que cada paciente demonstra. Frente a essa vivência, é possível perceber que a violência sexual provoca muitos traumas em crianças e adolescentes podendo apresentar repercussões biológica, psíquica e social. O papel do profissional de enfermagem é preponderante já que é o primeiro profissional a ter contato com o paciente, são eles que vão prestar o apoio necessário nesse momento e criar um vínculo com o paciente para que essa vítima possa ser tratada de forma adequada, por isso é fundamental frisar o trabalho de assistência desses profissionais.