INTRODUÇÃO: Dentre as condições do envelhecimento, têm-se como parte do processo natural as mudanças fisiológicas, a redução das capacidades perceptivas, cognitivas e sensoriais, além da possibilidade de apresentar limitações motoras. Todos esses aspectos relacionam-se à qualidade de vida, e os idosos institucionalizados tendem a apresentarem esses padrões ainda mais agravantes, pois tendem a perder sua autonomia e identidade devido a redução das capacidades cognitivas, e pode-se está relacionado ao pouco estímulo oferecido pelas instituições que os acolhem. Desta forma a atenção com os estímulos cognitivos, afetivos e sociais são fundamentais. OBJETIVO: Descrever a experiência de acadêmicos em uma ação de Enfermagem voltada para a aplicação de jogos educativos para idosas em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A atividade foi realizada em uma ILPI localizada em Fortaleza-Ce, por alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC). Na atividade foram utilizados jogos de memória, tabuleiros, quebra-cabeça, dominós e adedonha. RESULTADO: No início, as idosas tiveram um pouco de resistência a participarem da atividade, pois não era costume da instituição oferecer esse tipo de programação. Relataram possuir pouco conhecimento sobre os jogos e medo de não apresentarem desenvoltura. Os alunos responsáveis pela atividade adaptaram os jogos com o intuito de despertar interesse e promover uma familiarização. O momento foi capaz de gerar uma maior socialização entre as idosas, visto que elas praticaram juntas alguns dos jogos oferecidos. Além dos jogos proporcionarem para as idosas um momento de lazer, também foram capazes de resgatar lembranças da infância, otimizar o processo de atenção, concentração/memória e estimular funções cognitivas. CONCLUSÃO: A promoção desta ação de enfermagem evidenciou a carência das idosas por esse tipo de atividade, bem como a importância de realizá-la rotineiramente, pois além de estimular uma melhoria do desenvolvimento cognitivo, trabalha-se também a interação social entre elas. Além de proporcionar aos alunos uma visão mais holística diante as condições em que idosos institucionalizados encontram-se, contribuindo assim para a formação de um profissional de enfermagem voltado não somente para o processo saúde-doença, mas também para a promoção da saúde e cuidados psicossociais.