A discussão entre a medicina popular e sua aplicabilidade na sociedade, já vem sendo debatida há algum tempo. Para compreensão desse contexto é fundamental entender a realidade que as pessoas vivem e seus hábitos. Atualmente algumas das práticas da medicina popular foram integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS), e passaram a fazer parte das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs). As principais Práticas Integrativas Complementares são: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Medicina Antroposófica, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia e Ozonioterapia. Diante da grande variedade de práticas complementares aos tratamentos de saúde, traçou-se o seguinte objetivo: pesquisar na literatura brasileira o uso de Práticas Integrativas Complementares por Enfermeiros. Este estudo trata-se de uma revisão literária qualitativa exploratória a partir de uma pesquisa bibliográfica. O papel do profissional enfermeiro é de suma importância para o desenvolvimento das PIC’s., pois a enfermagem tem uma abordagem no qual o enfoque é o ser humano e suas relações com o meio em que vivem, não focando unicamente na patologia, possuindo uma visão holística voltada ao indivíduo e ao meio que ele vive. De acordo com o Parecer de n° 010/2020/Coren Ceará/CTEP o enfermeiro desde que habilitado pode exercer praticamente todas as PIC’s com exceção da homeopatia, que só deve ser praticada por profissionais médicos, veterinários e odontólogos. Já a acupuntura gerou um grande embate judicial entre o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), porém graças a insistência do COFEN, em 2018 a ação judicial foi vencida garantindo aos enfermeiros especialistas a prática da acupuntura. Tendo em vista a afinidade da enfermagem com a abordagem holística das PIC's, o enfermeiro tem nessa área uma grande oportunidade de exercer sua profissão com excelência dentro do mercado de trabalho que vem se expandindo, gerando assim grandes oportunidades, no entanto, observamos que ainda há um déficit de tais profissionais atuando na área. Por tanto seria interessante as universidades investirem mais em conhecimentos que abordem o ser humano de forma holística, assim como as PICS. Isso abriria mais oportunidades para um envolvimento do profissional com a comunidade e expandindo assim o leque de áreas profissionais a serem exploradas pelos profissionais de enfermagem.