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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
O CUIDADO DE ENFERMAGEM À VÍTIMA DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO - RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Samuel Yao Atsu Duho
Autores:
  • Abigail Yawo Atsufui Duho
  • Francilene da Luz Belo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um problema de saúde pública devido à sua alta incidência, morbidade e mortalidade. Pode ser definido como qualquer agressão causada por forças externas que provoque lesões das estruturas do crânio e encéfalo. Além das sequelas neurológicas e incapacidades físicas, a hospitalização prolongada gera um impacto socioeconômico significativo. O enfermeiro tem um papel importante na abordagem inicial, interferindo de forma significativa no prognóstico dos doentes, através de condutas baseadas em conhecimento científico, raciocínio crítico e humanização durante os cuidados iniciais e tardios. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na assistência aos doentes vítimas de TCE grave. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência de acadêmicos de enfermagem do 6º semestre durante a prática hospitalar da atividade curricular Enfermagem em Cuidados Intensivos da Universidade Federal do Pará, realizada em um hospital referência em trauma no município de Ananindeua - Pará, no período de junho a julho de 2023. Resultados: Durante as práticas foram observados diversos casos de TCE grave decorrentes principalmente de acidentes automobilísticos. Os cuidados variam de acordo com sua gravidade. No entanto, observou-se que as principais condutas incluem monitorização hemodinâmica, vigilância neurológica rigorosa (2 em 2 horas) através de neurocheck, instrumento utilizado para monitorar o risco de deterioração neurológica, avaliando a reatividade pupilar; escala de coma de Glasgow; escala de Richmond de agitação-sedação (RASS) e padrão ventilatório. Além disso, a monitorização dos sinais vitais, cabeceira elevada a 30º para diminuir o risco de aumento da pressão intracraniana (PIC) e balanço hídrico foram outros cuidados prestados pela equipe de enfermagem. Conclusão: A prática hospitalar foi impactante, sendo o primeiro contato com doentes em cuidados intensivos. Percebeu-se que o conhecimento do enfermeiro sobre neurociência é fundamental para a condução dos doentes críticos com lesão cerebral traumática. Além disso, é importante que o aluno de graduação se aproprie do conhecimento necessário para a prestação de cuidados intensivos, entendendo que é através do conhecimento que pode-se prevenir o desenvolvimento de sequelas neurológicas irreversíveis e melhorar o prognóstico dos doentes neurológicos.