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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE A POLÍTICA DE SAÚDE LGBTQIA
Relatoria:
JOSEFA JAMILLA MARTINS ALVES
Autores:
  • Matheus Fernandes Carvalho
  • Kalyane Kelly Duarte de Oliveira
  • Migna Jucy Marques da Silva
  • Pedro Davi Carlos de Moura
  • Marcelino Maia Bessa
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
INTRODUÇÃO: Na vigência de preconceitos e estigmas contra a população LGBTQIA+ que implicam na desassistência à saúde, o Ministério da Saúde, em dezembro de 2011, implementou a Política Nacional de Saúde Integral LGBTQIA+ a fim de ampliar o acesso e atenção à saúde desse grupo no Sistema Único de Saúde, tendo na Atenção Primária à Saúde (APS) o acesso e a mobilização do cuidado desses indivíduos. Portanto, é salutar que os profissionais da APS tenham conhecimento sobre a Política para que estejam aptos a atender a população LGBTQIA+ com respeito, equidade e ética. OBJETIVO: Conhecer as concepções dos profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde sobre a Política Nacional de Saúde Integral LGBTQIA+. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo descritivo e qualitativo, parte de um trabalho de monografia, realizado na APS do município de Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte, em 4 Unidades de Saúde da Família, tendo como população de estudo os profissionais dessas USFs. Participaram 18 profissionais, dentre eles enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e agentes comunitários de saúde. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e junho de 2021, por meio de entrevista individual, guiada por roteiro semiestruturado. Para a análise dos dados utilizou-se a técnica da Análise de Conteúdo da Bardin, de estilo temática. RESULTADOS: Constatou-se uma disparidade de discursos entre os profissionais, tendo a maioria citado que nunca se atualizaram sobre a Política de Saúde LGBTQIA+, além de não mostrarem interesse em buscar preencher essa lacuna de conhecimento e prática no serviço. Dentre a minoria que buscou entender a Política e aplicá-la, os discursos voltaram-se para sua importância na atenção às pessoas LGBTQIA+, entretanto não souberam destacar suas diretrizes, além de relatarem que a Política não oportuniza a discussão da temática nas atividades de educação permanente/continuada. Entretanto, cursos em plataformas abertas e gratuitas, como a UNA-SUS, estão disponíveis, além da educação permanente que emana dos cenários de trabalho e não depende da oferta verticalizada de cursos para que se discuta a Política no trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se que esforços precisam ser feitos para que a Política de Saúde Integral LGBTQIA+ seja vivenciada nos serviços de saúde, além de compreender as lacunas que impedem que os profissionais se apropriem da Política para o trabalho e para ações de educação permanente nos serviços.