INTRODUÇÃO: A avaliação nacional das práticas de Segurança do Paciente (SP) constitui uma rotina adotada pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, desde 2016, para verificar a conformidade aos indicadores, pelos serviços de saúde com Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Esta avaliação é uma importante estratégia para a promoção da cultura da segurança, a gestão de riscos, o aprimoramento da qualidade e a aplicação das boas práticas. OBJETIVO: Descrever a experiência de um hospital público e de alta complexidade na adesão às práticas de SP. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo, do tipo relato de experiência. O hospital é caracterizado como, público estadual e de ensino, sendo referência na média e alta complexidade. Possui: 15 clínicas, 40 leitos de UTI, além de serviços de ambulatório. Foram verificados a conformidade de 21 indicadores de estrutura e processo, alinhados à RDC nº 36/2013. RESULTADOS: Após análise da adesão às práticas, no hospital alvo desse relato, foi possível evidenciar 100% de conformidade no atendimento aos indicadores relacionados à SP, sendo: núcleo de SP instituído; plano de SP implantado; protocolo de higiene das mãos implantado; protocolo de identificação do paciente implantado; protocolo de cirurgia segura implantado; protocolo de prevenção de lesão por pressão e queda implantados; protocolo para segurança medicamentosa implantado; protocolo para a prevenção de infecção de corrente sanguínea; protocolo para a prevenção de infecção do trato urinário implantado; protocolo para a prevenção de pneumonia associada ao uso de ventilação mecânica implantado; protocolo para a prevenção de infecção do sítio cirúrgico implantado; protocolo de precauções e isolamento implantado; conformidade da avaliação do risco de lesão por pressão e queda; conformidade da aplicação da lista de verificação da segurança cirúrgica; regularidade do monitoramento do consumo de álcool para higiene das mãos; regularidade da notificação de incidentes; regularidade do monitoramento de indicadores de infecções; regularidade do monitoramento de consumo de antimicrobianos; monitoramento de indicadores de conformidade aos protocolos de SP. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, considerando os indicadores de SP baseados em evidências, o serviço de saúde pôde avaliar suas rotinas, refletir sobre a situação local das práticas de segurança e implantar mudanças necessárias em seus processos de trabalho com vistas à qualificação do cuidado.