Introdução: As doenças respiratórias formam a principal causa de internação hospitalar na infância. Após a diminuição das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia da COVID-19, observou-se um aumento na circulação dos vírus respiratórios ocasionando o aumento do adoecimento e das hospitalizações por bronquiolite viral aguda e pneumonias. As infecções que geram complicações mais graves são aquelas que atingem o aparelho respiratório inferior, sendo a pneumonia responsável pela grande maioria das taxas de mortalidade infantil, sobretudo nas crianças abaixo de 5 anos de idade. Dessa forma, a atuação do enfermeiro é necessária para diminuir as possíveis complicações dessas doenças e aumentar a expectativa de vida das crianças atingidas por elas. Objetivo: Descrever a assistência de enfermagem aos pacientes pediátricos acometidos por doenças respiratórias. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência acerca da assistência de enfermagem, desenvolvido por enfermeiros de um programa de residência multiprofissional em saúde da criança, aos pacientes com doenças respiratórias, internados em um Hospital Infantil no Estado da Paraíba. Relato: Durante a internação hospitalar o enfermeiro é responsável pelo planejamento do cuidado, com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem e no processo de enfermagem. Com a anamnese e o exame físico são elencados diagnósticos de enfermagem, como Desobstrução Ineficaz das Vias Aéreas, Ventilação Espontânea prejudicada, Padrão Respiratório Ineficaz e Troca de Gases prejudicadas, e após, são elencadas as intervenções necessárias para efetivar o cuidado aos pacientes, como administração de medicamentos, mudanças de decúbito, estímulo da tosse, higiene corporal e brônquica, hidratação e alimentação do leite materno com ênfase para as crianças menores de 6 meses, e orientações de saúde para os acompanhantes. Considerações Finais: O fortalecimento dos cuidados e da assistência de enfermagem interfere diretamente no restabelecimento e no cotidiano das crianças com síndromes respiratórias, aumentando os índices de melhora clínicas, a qualidade de vida e diminuição do tempo de internação e as taxas de morbimortalidade infantil. Conclui-se que, fortalecer os cuidados de promoção da saúde e do processo de enfermagem junto à criança e às famílias proporcionará uma assistência qualificada diante das demandas de atenção da criança com síndrome respiratória.