Introdução: Monkeypox é uma doença zoonótica causada por vírus que pertence ao gênero Orthopoxvírus. Clinicamente é caracterizada por erupções cutâneas semelhantes à varíola, com a formação de lesões papulovesiculares sendo antecedidas ou não de episódio de febre e linfadenopatia. Objetivo: Relatar a intervenção clínica do enfermeiro a paciente com lesão cutânea causada pelo monkeypox. Metodologia: Trata-se de um método descritivo e observacional de cuidados prestados em consultório clínico especializado em tratamento de feridas na cidade de João Pessoa, Paraíba, no período de dezembro de 2022 a janeiro 2023. A coleta de dados foi realizada através da evolução de enfermagem com descrição das características da lesão, conduta terapêutica e imagens fotográficas conforme autorização e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Relato: Paciente feminina, 51 anos, hipertensa. Orientada a procurar o serviço especializado em tratamento de feridas após resultado de exame swab em lesão detectável para o vírus monkeypox. À inspeção, ferida localizada em terço médio de membro inferior direito, medindo 2,0x1,0cm, apresentou bordas irregulares, leito com tecido desvitalizado e pele perilesional hiperemiada, edemaciada e dolorida. Utilizou-se limpeza com solução aquosa à base de polyhexametileno biguanida (PHMB), aplicado terapia fotodinâmica com agente fotossensível à base de azul de metileno à 0,005% associado com a irradiação do laser de baixa potência com 2J/cm2 por ponto de aplicação, posteriormente aplicado a fibra poli absorvente com prata Urgoclean Ag® para controle da carga microbiana, após tecido epitelizado aplicou-se a malha de poliéster, impregnada com matriz cicatrizante de tecnologia lipido-colóide Urgotul® associado ao óleo de girassol ozonizado e gaze estéril fixado por película protetora permeável. Prescrição de enfermagem com orientações para ingesta de alimentação saudável, controle de comorbidade e proteção do membro afetado. Assim, lesão evoluiu satisfatoriamente com cicatrização progressiva à alta por cura. Orientado cuidados pós-alta o uso de loção hidratante com ácidos graxos essenciais, vitaminas A/E, uréia, d-pantenol e aloe vera com objetivo de hidratar e fortalecer a área epitelizada. Considerações Finais: Evidenciou-se que a intervenção clínica do enfermeiro especializado no tratamento de feridas através do manejo preciso, potencializa a descolonização de patógenos favorecendo o processo cicatricial.