O processo de senescência e de senilidade influenciado pelos maus hábitos cultivados durante a vida, geram uma depreciação dos sistemas orgânicos levando ao aumento da ocorrência de doenças. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) constituem-se no maior problema de saúde global e principal causa de morbimortalidade. A multimorbidade é medida pela simultaneidade de duas ou mais condições crônicas em um mesmo indivíduo, podendo seguir um padrão de acometimento em um sistema orgânico. Estudos demonstram a presença de alguns padrões de multimorbidade em pessoas idosas. Objetivou-se investigar na literatura os padrões de multimorbidade mais prevalentes na população idosa. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em junho de 2023 na base da National Library of Medicine (PUBMED) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), empregando os descritores DESC e MESH “Multimorbidity Patterns” AND “Older Adults” AND “Epidemiologic Factores”, utilizando-se para inclusão estudos em português, inglês e espanhol, disponíveis de forma gratuita e na íntegra, excluindo estudos que não abordavam diretamente o tema proposto. Constatou-se que apesar do grande impacto à saúde causado pela multimorbidade, os estudos que demonstram seus padrões ainda são escassos. Até o momento não há uma definição da quantidade de padrões de multimorbidade, podendo variar entre três a oito padrões. Alguns estudos mostram que o agrupamento em quatro classes é o ideal. Os padrões evidenciados foram: cardiopulmonar; mental-musculoesquelético; vascular metabólico; vascular-inflamatória, doenças psiquiátricas; anemia e demência; distúrbios metabólicos e do sono; deficiências sensoriais e câncer; respiratórias e gastrointestinais. Um estudo destacou como padrões mais prevalentes: 30,9% (IC95%: 29,9-31,9) para o vascular metabólico e 12,9% (IC95%: 12,3-13,6) para o mental-musculoesquelético e 2,3% (IC95%: 2,0-2,6) para o acometimento cardiopulmonar. Já em outra pesquisa, o padrão cardiopulmonar, incluiu a aglomeração de doenças cerebrovasculares, cardiovasculares, e respiratórias crônicas que são as principais causas de morbimortalidade no país e o mais frequentemente encontrado entre pessoas idosas. Tais padrões geram, dentre outros desfechos, incapacidades funcionais e dependências, influenciando diretamente na qualidade de vida da pessoa idosa. Sendo necessário a implementação das políticas de saúde voltadas a esse público, pretendendo assim, atender o indivíduo de forma integral.