Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
SALA DE ESPERA COM ACOLHIMENTO A MÃES ATÍPICAS POR DISCENTES DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Bárbara Lívia Lima Barra
Autores:
- Ana Beatriz Nunes do Nascimento
- Caren Vitória Bezerra da Rocha
- Emile Rocha da Silva Paiva
- Lara Beatriz de Melo Ventura
- Magda Fabiana do Amaral Pereira Lima
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Maternidade Atípica é o termo usado para mães que cuidam de pessoas com deficiência ou síndromes raras. Em nível social, é designado à mãe o papel do cuidado e da renúncia à vida profissional e social, em detrimento das necessidades do filho. Para garantia do direito básico de saúde, esse grupo materno enfrenta sentimentos negativos vinculados à rotina exaustiva da busca por assistência e qualidade de vida, cabendo aos profissionais de saúde a criação de espaços de acolhimento e cuidado materno-infantil ampliado. OBJETIVO: Relatar experiência de acolhimento às mães atípicas em sala de espera hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência de acolhimento às mães atípicas com filhos assistidos (aplicação da imunoglobulina Palivizumabe) em hospital regional do Rio Grande do Norte. As atividades ocorreram em sala de espera nos dias 23 e 30 de março de 2023, organizados por acadêmicas e docente do curso de graduação em Enfermagem de universidade pública. Envolveram roda de conversa sobre a sobrecarga emocional e física; estímulo da partilha de experiências e histórias de vida; necessidade do autocuidado e dos rastreamentos do câncer de mama e colo do útero atualizados, com auxílio de folder educativo; aplicação de auriculoterapia para relaxamento. RESULTADOS: Participaram dos momentos 18 pessoas presentes na sala de espera para o referido serviço, cinco graduandas e uma docente. A partir de tecnologias leves, houve aceitação positiva com participação gradativa das mães e dos demais familiares, interação e compreensão compartilhada, desabafos e trocas de experiências. Considerando o aproveitamento do tempo da espera pela vacina, o momento escolhido para a ação foi estratégico. A espera ociosa e inquietante foi transformada em espaço de acolhimento e troca de informações relevantes para saúde física e mental dos participantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante que espaços hospitalares sejam habitados por ações que considerem a visão holística da criança e família, mesmo que com práticas simples, pautadas nas tecnologias leves. Isso requer que os profissionais de saúde estejam sensibilizados para compreenderem mãe e família além do diagnóstico da criança, entendendo os papéis sociais que estas desempenham, suas particularidades e necessidades. A atuação universitária nos serviços se comporta como potente elemento dessa ocupação e articulação comunidade-serviço, além de garantir experiências singulares na formação do discente de graduação.