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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA PARA PESSOAS IDOSAS
Relatoria:
Daniele Pereira da Silva
Autores:
  • Ana Clara de Macedo Farias Ramos
  • Susanne Pinheiro Costa e Silva
  • Katharine Leôncio de Medeiros Nápoles Souto
  • João Victor Ramos da Silva
  • José Victor Aragão Silva
  • Maria Luiza Monteiro Gomes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O envelhecimento é um processo natural e gradual, envolvendo mudanças biopsicossociais do indivíduo, as quais podem interferir no bem-estar. O serviço de saúde primordial na integralização do cuidado ao idoso é a Estratégia de Saúde da Família (ESF), esta realiza ações educativas de saúde aos indivíduos do território adscrito, contribuindo para a promoção da saúde. Para tal, a ESF organiza grupos de convivência que permitem construir com os idosos, ainda, vínculos e afeto. Objetivo: Descrever o perfil de idosos participantes de grupos de convivência em João Pessoa-PB. Método: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória, realizada em três grupos de convivência de idosos inseridos em unidades de atenção primária em saúde no município de João Pessoa-PB. Participaram 23 idosos integrantes dos grupos. A coleta foi realizada por meio de questionário estruturado para caracterização da amostra. Para análise dos dados sociodemográficos, utilizou-se o software SPSS Statistics. Resultados: Os dados expressam uma amostra, majoritariamente, feminina (90%), que se encontra entre 60 e 85 anos, sendo 71 a idade média dos participantes. Raça parda (52,2%), de religião católica (65,2%), renda de 1 a 2 salários mínimos (95,7%) e morando com os filhos (40,9%) prevaleceram na amostra. Resultados quanto à escolaridade mostram que 50% das respostas indicaram Ensino Fundamental Incompleto, demonstrando a vulnerabilidade escolar do grupo. 95,7% afirmaram não trabalhar e apenas 69,6% eram aposentados. Entretanto, 43,5% eram viúvos, o que pode gerar o recebimento de pensões e prover renda. 56,5% afirmou o diagnóstico de hipertensão (HA) e 34,8% diabetes (DM). As análises comparativas entre as pessoas que responderam NÃO para o acometimento de doenças crônicas e SIM para HA ou DM apontam que essas pessoas não conseguem assimilar tais agravos como doenças crônicas. Esse fenômeno pode ser explicado pelo baixo nível de escolaridade que o grupo apresentou. Considerações Finais: A dificuldade do grupo em identificar o que são doenças crônicas e enquadrar hipertensão e/ou diabetes nessa categoria demonstra a vulnerabilidade que estão expostos, tal qual a necessidade de oferta da educação em saúde. O recrutamento de metodologias interativas de troca são fundamentais na construção da educação em saúde. Esta deve cumprir práticas de ensino-aprendizado acerca destas temáticas, garantindo a pessoa idosa o direito de desenvolver o conhecimento necessário.