A influenza é uma infecção respiratória viral aguda (IRAs) que afeta o sistema respiratório, é de elevada transmissibilidade com tendências de disseminação sazonal. Na pediatria, as IRAs possuem uma maior incidência em crianças menores de 5 anos e é a principal causa de morbimortalidade. A vacinação contra a influenza é descrita como uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteção e diminuição da circulação viral entre a população. Tendo em vista a importância desse contexto para a saúde da criança, o objetivo do relato é descrever a experiência acadêmica sobre a participação na campanha de vacinação contra a influenza e as reflexões acerca dos impactos dessa ação na incidência das IRAS em pediatria. Trata-se de um relato de experiência acadêmica. A vivência ocorreu nos períodos de 13/03/2032 a 01/05/2023 e 12/05/2023 a 17/05/2023 no turno da manhã em duas diferentes Unidades de Saúde da Família (USF), localizadas na cidade de João Pessoa-PB. As práticas foram referentes à disciplina de Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente I e II, que compõem a matriz curricular do quinto e sétimo período respectivamente, do curso de Enfermagem de uma instituição de ensino superior privada do estado da Paraíba, sob a supervisão de uma enfermeira preceptora. A intervenção permitiu imunizar 15 crianças de diferentes faixas etárias, a demanda surgiu a partir da solicitação das autoridades sanitárias das USF, para colaborar com a campanha vacinal contra o vírus influenza. A campanha foi necessária devido à baixa adesão da população pediátrica às ações de imunização ofertadas. A ação também permitiu identificar fragilidade no cumprimento do calendário vacinal com doses importantes para o sistema respiratório em atraso. Ademais, os discentes apontaram a relevância da ação pois sabe-se que a pediatria é um grupo vulnerável e suscetível às IRAs devido à imaturidade fisiológicas e o rápido agravamento na condição clínica que demanda internamentos e essa preocupação corrobora com dados divulgados que evidenciaram uma sobrecarga nos atendimentos de serviços pediátricos, com quadro clínico compatível de síndrome gripal que evoluíram para síndromes respiratórias agudas graves e necessitaram de internações com os achados vivenciados na prática clínica. Considera-se que as vacinas são aliadas para redução dos casos de IRAs e a experiência proporcionou reflexões sobre a importância da ciência, do SUS e a autonomia da Enfermagem na promoção da saúde da criança.