Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
IMPACTOS SOCIAIS AO HOMEM TRANS NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL
Relatoria:
Orneide Candido Farias
Autores:
- Tamara da Silva Almeida
- Nycarla de Araújo Bezerra
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A esfera social possui estigma quando se trata de sexualidade e de pessoas que não se identificam com o gênero atribuído ao nascimento. Dessa forma, quando se reflete acerca dos homens trans percebe-se que a possibilidade de ser um pai gestacional é possível, entretanto, o desejo de engravidar é capaz de gerar questionamentos, uma vez que tal contexto é visualizado como uma aptidão feminina. Além disso, a recepção em Unidades de Saúde gera frustração, em virtude de alguns profissionais não acolherem de forma adequada o paciente. Objetivo: analisar na literatura as perspectivas de homens trans grávidos no ciclo gravídico-puerperal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a busca de dados ocorreu nas seguintes bases de dados: MEDLINE, BDENF e LILACS, durante o mês de junho de 2023. Os critérios de inclusão foram: respondessem ao objetivo da pesquisa, artigos disponíveis na íntegra e terem sido publicados no período de 5 anos, ao final obteve-se uma amostra de 4 artigos. Para realizar a busca foram utilizados os seguintes descritores: “Pessoas Transgênero”, “Cuidados de Enfermagem” e “Gravidez”. Resultados: Estudos destacam que o ciclo gravídico-puerperal provoca experiências diversas aos homens trans, especialmente sobre o medo no processo de parturição e de intervenções médicas obstétricas, sentimentos negativos, isolamento, disforia de gênero e transfobia, em vista dos espaços públicos relacionarem a gestação a figura feminina. Para enfrentar essa situação, utilizam estratégias como desconexão da gravidez e identidade, bem como ignorar o fato de estar grávido. Os homens trans vivenciam o impasse entre engravidar e continuar o processo de transição, todavia, não se limitam a sentimentos negativos e observam o ciclo gravídico como uma experiência única e se sentem orgulhosos com a trajetória. Considerações finais: Torna-se essencial que esta temática seja amplamente discutida e que haja educação em saúde para com os profissionais que estão na linha de frente da assistência, em vista a proporcionar aos homens trans um cuidado integral, universal e com equidade, possibilitando um alcance maior de atenção holística, emoções e sentimentos positivos.