A Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) ocorre quando as vias respiratórias são bloqueadas por obstrução mecânica, causando graves consequências respiratórias. É uma emergência médica que exige intervenção imediata e eficaz. A asfixia é a principal consequência da OVACE, no Brasil, sendo a principal causa de morte pediátrica por fator externo. As condutas podem salvar vidas e o conhecimento sobre o tema para qualquer cidadão é fundamental. O presente estudo possui a finalidade de buscar evidências científicas acerca do manejo da OVACE em crianças e foi desenvolvido por meio de revisão bibliográfica. As Bases de dados utilizadas foram a PubMed, LILACS. A pesquisa nas bases de dados foi feita por meio dos descritores indexados no DeCS: Obstrução das vias respiratórias; Engasgo; Crianças; utilizando o critério de inclusão para artigos publicados nos últimos cinco anos em inglês e português, e o de exclusão revisões bibliográficas e que não estivessem alinhados com o objetivo do estudo. Foram encontrados 1068 artigos na Base de dados PubMed, 60 na base de dados LILACS, porém, a partir dos critérios de exclusão e elegibilidade, a amostra final foi composta por 10 estudos. A análise demonstrou que a OVACE é um dos tipos de acidentes domésticos mais comuns. Devido à vulnerabilidade de crianças e recém-nascidos em estar expostos a situações que sejam propícias à ocorrência da OVACE, analisou-se na literatura que são mais suscetíveis ao engasgo por substâncias obstrutivas. O tempo decorrido para a desobstrução é crucial para o bom prognóstico neurológico da vítima, visto que a hipóxia pode gerar parada cardiorrespiratória e morte. É necessário a implementação de golpes dorsais, compressão abdominal e torácicas a depender da idade da criança, como técnica de primeiros socorros. Contudo, observou-se déficit de evidências sobre conhecimento acerca do manejo em caso de engasgo, principalmente por parte dos pais. A tentativa de ensinar os responsáveis e a própria criança a reconhecer a OVACE é primordial, tornando-as aptas para agirem o quanto antes e da melhor maneira. Além disso, a ação de educação em saúde que ensina o modo correto de desengasgo eleva as chances de sobrevivência das vítimas. Conclui-se que a OVACE é a principal causa de morte pediátrica por fator externo, logo, é imprescindível que a população seja capacitada a agir para mitigar a incidência desses casos na faixa etária infantil, diminuindo assim, óbitos que poderiam ser evitados.