Hidradenite supurativa (HS) é uma doença inflamatória crônica e recorrente que acomete folículos pilosos e sofre influência de fatores como dislipidemias e hipertensão arterial (HA). Enfermeiros podem contribuir no cuidado às respostas clínicas da HS, através da utilização dos avanços do conhecimento científico. Neste estudo tem-se como objetivo caracterizar hábitos de vida e aspectos clínicos dos indivíduos que utilizam uma das alternativas terapêuticas para tratar HS: adalimumabe, clindamicina ou rifampicina. Os dados foram extraídos do National Health and Nutrition Examination Survey, que se trata de uma base de dados de acesso público. A seleção da coorte de respondentes decorreu do uso de um dos tratamentos mais frequentes para HS. As variáveis extraídas foram: gênero, idade, realização de atividade física, presença de HA e hipercolesterolemia. Os dados foram analisados no software Stata v.1.6. Para as variáveis qualitativas foram calculadas frequências brutas e para as quantitativas foram utilizadas medidas de posição e dispersão. Os testes de qui-quadrado e exato de Pearson foram utilizados para observar a associação entre as variáveis e o tipo de tratamento utilizado. O estudo atendeu aos princípios preconizados na Resolução n° 466/2012, não sendo necessário submeter o estudo à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa em razão da natureza pública da fonte de dados. Os respondentes do gênero masculino eram 83,33% para adalimumabe e 53,85% para clindamicina ou rifampicina (p= 0,216). A faixa etária de 41 anos ou mais foi presente em 83,33% para adalimumabe e 69,23% para clindamicina ou rifampicina (p= 0,516). Atividade física vigorosa foi relatada por 50,0% dos usuários de adalimumabe e 23,08% dos usuários de clindamicina ou rifampicina (p= 0,241), já atividade física moderada foi relatada por 66,67% dos usuários de adalimumabe e 46,15% dos usuários de clindamicina ou rifampicina (p=0,405). O diagnóstico de HA esteve presente em 53,85% dos indivíduos tratados com clindamicina ou rifampicina e dentre os usuários de adalimumabe não houve nenhum (p= 0,024). O diagnóstico de hipercolesterolemia foi relatado por 66,67% dos usuários de adalimumabe e 46,15% entre aqueles que utilizam clindamicina ou rifampicina (p=0,405). Os resultados mostram que os usuários de adalimumabe praticam em maior grau atividade física e apresentam maior controle da pressão arterial, quando comparados com aqueles que adotam outra opção terapêutica (clindamicina ou rifampicina).