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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
MASCULINIDADES, VIOLÊNCIA E SAÚDE: VIVÊNCIAS DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR AMAZÔNICO
Relatoria:
ADINALDO MOREIRA MARTINS
Autores:
  • Aline Oliveira Almeida
  • Alessandra Carla Santos de Vasconcelos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: No imaginário social, os homens são detentores do poder e vigor, e as mulheres são vistas como seres frágeis. Esse modelo tóxico de masculinidade, construído historicamente, gera desigualdade de gênero e afeta a saúde dos homens, mas também leva a resultados negativos para mulheres e crianças, como por exemplo, na forma de violência, gravidez imposta e paternidade ausente. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por estudantes de enfermagem durante o desenvolvimento de atividades extensionistas com adolescentes de uma escola pública em Belém-Pará. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado a partir das vivências de dois estudantes do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pará - UFPa, bolsistas do Projeto de Extensão intitulado: Gênero, Masculinidades e Violência: Promoção da saúde de adolescentes no contexto Amazônico, no período de agosto de 2022 a junho de 2023 em uma escola pública estadual, localizada na cidade de Belém, Pará, Brasil. O público-alvo são adolescentes, homens e mulheres, cursando o 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. A vivência foi desenvolvida através da construção de práticas coletivas em algumas etapas, a familiarização com o espaço escolar e contato prévio com os jovens; O aprofundamento dos estudos teóricos; E a realização de oficinas pedagógicas. Resultados: A vivência evidenciou que os jovens apesar de associarem o “ser homem” com o “não bater e respeitar a mulher” ainda assim reiteram estereótipos relacionados à força, coragem, trabalho, resistência e autoridade. Ao passo que as jovens acreditam que o modelo patriarcal e o machismo, deixam-nas em situação de vulnerabilidade, insegurança e medo. Essa aparente contradição é reflexo das próprias relações de poder entre o gênero, percebidas como invisíveis e frutos da própria biologia, gerando e perpetuando as desigualdades, violências e adoecimento em homens e mulheres. Considerações finais: A interação com os(as) adolescentes possibilitou compreendê-los como agentes partícipes, capazes de exercer uma visão crítica e transformadora sobre sua própria realidade, bem como contribuiu para repensar a importância da formação do enfermeiro que precisa se sustentar nos pilares da educação para o cuidado profissional, tanto no uso adequado de novas tecnologias, de informação e comunicação, quanto na resposta às especificidades regionais de saúde da juventude amazônica.