INTRODUÇÃO: É notório a associação do aumento da expectativa de vida com as doenças crônicas não transmissíveis, impactando na qualidade de vida e na qualidade do envelhecer. Esse cenário, na maioria das vezes, pode sobrecarregar a atenção primária em saúde, que com frequência não possui recursos para atender a alta demanda das crises das doenças crônicas não transmissíveis, situação pela qual os serviços de urgência e emergência são procurados com intuitos no tratamento dos sintomas. OBJETIVOS: Identificar os principais desafios de cuidado paliativo em base de dados científicas. METODOLOGIA: Trata-se de uma busca bibliográfica, do tipo revisão de narrativa de literatura, a partir de estudos disponíveis nas bases de dados PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde, publicados entre os anos de 2020 e 2023, utilizando os descritores em saúde: Cuidados Paliativos e Serviços Médicos de Emergência. RESULTADOS: Foram incluídos seis artigos, onde um foi proveniente da Biblioteca Virtual em Saúde e cinco da PubMed. Em totalidade, demonstraram que a procura dos serviços de emergência pela maioria de pessoas convivendo com doenças crônicas, são por pacientes com expectativas de vida limitadas, agudização dos sintomas ou em fase ativa de morte, o que gera confusão e conflito de valores com os profissionais desses serviços, pois não possuem preparo teórico, prático e emocional para atender esses pacientes de forma objetiva e holística, além de possuírem formação em realizar tratamentos curativos. Fato que gera resistência no início precoce dessa modalidade de cuidado. Além do mais, é relatado que esse ambiente não é indicado para iniciar cuidados paliativos, destarte, pode auxiliar no manejo dos sintomas, realizar encaminhamento para hospices ou serviço domiciliares de cuidados paliativos. Portanto, medidas rápidas e de fácil aplicação para o manejo dos sintomas de forma humanizada são necessárias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É perceptível a elevação da procura por serviços de urgência e emergência por pacientes elegíveis e que necessitam de Cuidados Paliativos, os quais precisam estar preparados com recursos físicos, materiais e humanos para atender às diversas demandas assistenciais. Além do mais, para o atendimento desses pacientes é necessário a implementação de escalas identificadoras de pacientes elegíveis e investimento institucional, como: disseminação do conceito, atividades de sensibilização e formação de equipes especializadas.