A aplicação do ozônio como agente terapêutico é datada desde o século XIX. Como uma alternativa complementar aos tratamentos de lesões cutâneas, eficiente e economicamente viável, a literatura corrobora o potencial antimicrobiano do ozônio, sua capacidade de interferência na reparação tecidual e efeito otimizador do processo cicatricial. Através do Parecer Normativo Nº 001 de 2020, o Conselho Federal de Enfermagem reconheceu a terapia com ozônio como prática complementar exequível e de permitida prescrição por enfermeiros. Objetivo: realizar uma revisão integrativa da literatura acerca das evidências científicas sobre os benefícios do ozônio enquanto agente terapêutico complementar para a otimização do processo cicatricial de lesões cutâneas crônicas. Método: Revisão integrativa, a partir da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas seguintes bases: LILACS, Medline, BDENF e MOSAICO, no período de 2015 a 2021, com a seleção de 08 artigos para amostra final, disponíveis e gratuitos na íntegra, no idioma português ou inglês, por meio da associação dos descritores “ozônio”, “cicatrização”, “ferimentos e lesões”, “ozone”, “wound healing”, “wounds and injuries” pelo operador boleano “AND”. Formulou-se a questão: quais são as evidências científicas sobre os benefícios do ozônio enquanto agente terapêutico para a otimização do processo cicatricial de lesões cutâneas crônicas? Resultados: a terapia complementar com ozônio no tratamento de lesões cutâneas crônicas e na cicatrização mostra-se, consistentemente, promissora, pois é bioxidativa, anti-inflamatória, analgésica, promotora de neoangiogênese e de maior oxigenação tecidual, com capacidade imunomoduladora e de eliminar patógenos. Conclusão: o ozônio pode ser utilizado como adjuvante na terapia convencional de lesões a fim de potencializar prognósticos do tratamento clínico e farmacológico. Necessita-se de maior aprofundamento e divulgação sobre a temática, no intuito de ratificar e expandir o seu uso terapêutico.