Introdução: Atualmente, uma das doenças crônicas de maior prevalência no Brasil é a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), afetando aproximadamente entre 17 milhões e 36 milhões de brasileiros adultos, sendo um grave problema de saúde pública. Um dos maiores desafios quando se fala do tratamento da HAS é a adesão, já que se estima que mais de 50% dos pacientes diagnosticados não tenham uma adesão satisfatória ao tratamento. Essa falta de adesão pode ser tanto ao tratamento medicamentoso quanto às intervenções comportamentais, e pode se dar por diversos fatores, como falta de conhecimento sobre a doença por parte do paciente, dificuldade de acesso aos medicamentos e resistência do paciente em realizar as mudanças de estilo de vida necessárias. Objetivo: Analisar o papel do enfermeiro na adesão do paciente ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo narrativa. Resultados: A escolha da terapêutica para HAS envolve diversos fatores, como o estágio hipertensivo do paciente, sua idade e a presença de comorbidades. Esses e outros aspectos do perfil do paciente hipertenso devem ser norteadores para a seleção do melhor tratamento. O enfermeiro é um dos profissionais do atendimento básico de saúde com mais contato direto com os pacientes, além disso, ocupa uma posição ímpar dentro da equipe de saúde, dispondo de saberes e competências inestimáveis para a investigação, identificação e solução de problemas relacionados a doença e ao tratamento do paciente, entre eles a falta adesão contínua e duradoura ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso da HAS, de forma individual ou em conjunto da equipe multidisciplinar em que estiver inserido. Por meio de ações educativas, de planejamento e implantação, o enfermeiro pode gerar mudanças significativas na qualidade de vida e quadro de saúde de pacientes hipertensos, sendo indispensável sua participação e acompanhamento individual e comunitário dessa população. Considerações finais: O profissional enfermeiro é aquele que está mais próximo do paciente, sendo assim, este trabalho analisou o papel deste profissional frente a pacientes com HAS, pois esta proximidade torna o profissional enfermeiro relevante no tratamento e acompanhamento de pacientes com HAS, e possibilita a melhora da adesão destes a terapia e mudança de estilo de vida.