INTRODUÇÃO: Por seu caráter multifatorial, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), se encontram estratificadas, ocorrendo em todas as instituições, em diversos países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, resultando em maiores taxas de morbidade e mortalidade, prolongamento do tempo de internação, incapacitações de longo prazo, maior resistência de microorganismos a antimicrobianos, elevados custos para pacientes, famílias e sistema de saúde, e óbitos considerados preveníveis. OBJETIVO: Identificar o nível de adesão dos enfermeiros à higienização das mãos, bem como estratégias de intervenção para melhorar sua adesão, bem como percepção dos graduandos na situação atual. METODOLOGIA: Pesquisa exploratória, de abordagem quantitativa, com objetivo de identificar a perspectiva de docentes e universitários da área da saúde sobre aspectos relacionados à higienização das mãos e infecções relacionadas à assistência à saúde no cotidiano da prática do profissional enfermeiro. RESULTADOS: Dos 117 estudantes que responderam o método de pesquisa, 83,76% eram do sexo feminino. No que se refere à idade, 53,84% tinham entre 19 e 26 anos, com nível de formação acadêmica variando entre os discentes, 95,72% como estudantes de graduação e 4,27% como doutores. Ao analisar as respostas dos participantes quanto à afirmação de que “A infraestrutura dos serviços de saúde incentiva a adoção de medidas de precaução e uso adequado de equipamento de proteção individual(EPIs) durante a realização dos cuidados” verificou-se discordância significativa (p<0,01), embora a avaliação individual por grupo evidencie discreta diferença de opinião dos universitários e majoritária discordância da afirmativa pelos docentes. CONCLUSÃO: As IRAS estão se tornando cada vez mais comuns, o que aumentou o interesse por esse tema ao longo do tempo. Segundo os autores dos estudos incluídos nesta revisão, o treinamento dos profissionais de saúde tem impacto direto na adesão à higienização das mãos. Portanto, os estudos analisados constataram a necessidade urgente de intervenção dos profissionais de saúde para mudança de atitude em relação à higienização das mãos. Em cada estudo, um programa de treinamento foi implementado com o objetivo de avaliar a adesão dos profissionais de saúde à higiene das mãos, bem como a qualidade da higiene das mãos, antes e depois do programa de treinamento.