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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS SOBRE A ASSISTÊNCIA AOS ADOLESCENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Relatoria:
Ellen de Moraes Guedes
Autores:
  • Ana Julia Gomes Cunha
  • Natalia Lima Macêdo da Conceição
  • Daiana Evangelista Rodrigues Fernandes.
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A adolescência envolve alterações sociais, físicas e psicológicas, compreendida como uma etapa de transição entre a infância e a fase adulta. Apesar da existência de políticas públicas voltadas para saúde dos adolescentes no âmbito do Sistema único de Saúde, ainda perduram algumas adversidades. Objetivo: Identificar as percepções dos profissionais de saúde sobre a assistência prestada ao adolescente na Atenção Primária à Saúde (APS). METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada na base de dados LILACS, MEDLINE e meta base de dados SCIELO, em fevereiro de 2023, a partir dos descritores em ciências da saúde (DeCS): “Saúde do Adolescente”; “Atenção Primária à Saúde”; “Profissional de Saúde”, combinados ao booleano AND. Considerou-se como critérios de inclusão artigos nos idiomas inglês, português e espanhol, artigos publicados no período de 2017 a 2022, disponíveis para livre acesso, bem como aqueles que abordassem sobre a temática nos resultados. Dentre os critérios de exclusão foram desconsideradas publicações de cartas, editoriais, manuais e dissertações, também foram excluídos os artigos com apresentação insuficiente de resultados, totalizando 15 artigos para leitura na íntegra. RESULTADOS: A equipe multiprofissional que atua na APS deve desempenhar a assistência sob a perspectiva da construção de vínculos, corresponsabilização e cuidado integral, porém, alguns fatores interferem na realização de ações que atendam às necessidades dos adolescentes. Segundo os profissionais, os principais desafios durante o atendimento são: alta demanda de trabalho, recursos físicos e financeiros escassos, não adesão dos adolescentes às atividades ofertadas e formação de vínculos. Também, relatam lacunas na graduação, ausência de qualificação e educação permanente. Parte dos profissionais desconhecem as políticas públicas voltadas ao cuidado do adolescente e afirmam que a existência de políticas não garante a implementação de forma prática. CONCLUSÃO: Os profissionais consideram que a APS proporciona assistência qualificada, mas existem fragilidades durante o atendimento ao público jovem. É necessário proporcionar aos acadêmicos de graduação em saúde e profissionais formados, momentos de reflexão e articulação de conceitos a partir de práticas de ensino pautadas na integralidade do adolescente, para formar profissionais aptos para lidar com este público, mudando a perspectiva de práticas fragmentadas baseadas no modelo biomédico.