Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares representam as principais taxas de morbimortalidade no mundo. A insuficiência cardíaca (IC) caracteriza-se pela disfunção do coração em suprir as necessidades metabólicas teciduais, gerando sinais e sintomas que envolvem a redução do débito cardíaco e/ou elevadas pressões de enchimento sanguíneo nos vasos. Devido às repercussões fisiopatológicas sistêmicas, a IC apresenta elevados índices de mortalidade, as quais podem estar associadas a diversos fatores, como: comorbidades e hábitos de vida. Os avanços tecnológicos no âmbito da educação em saúde configuram perspectivas inovadoras no estímulo à adesão ao tratamento e ao autocuidado de indivíduos com IC. Objetivo: Analisar as evidências científicas na literatura que abordam sobre as contribuições da tecnologia para o autocuidado de indivíduos com insuficiência cardíaca. Metodologia: Trata-se de um estudo cuja abordagem utilizada consiste em uma revisão da literatura. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed e Scopus, entre os anos de 2019 e 2023, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde: “tecnologia”, “educação em saúde”, “insuficiência cardíaca” e “autocuidado” em português e inglês. Foram encontrados 111 artigos, sendo 37 em 2022. Como critérios de inclusão: produções acerca do tema com acesso integral ao conteúdo, nos idiomas inglês e português. Para exclusão: pesquisas sem metodologia evidente, estudos duplicados e não disponíveis na íntegra on-line. Após os critérios utilizados, foram selecionados 8 estudos. Resultados: Os déficits no autocuidado de indivíduos com IC estão possivelmente relacionados à falta de qualidade de vida e frequentes internações. A estabilidade do quadro clínico depende da avaliação e do reconhecimento de percepções individuais, envolvendo as necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais. A partir disso, os recursos tecnológicos como infoprodutos, aplicativos, websites e fóruns, contribuem para o autocuidado mediante a promoção de conhecimentos sobre insuficiência cardíaca, discussão com profissionais da saúde, autonomia e aceitação da doença, assim como adesão às mudanças no estilo de vida. Considerações finais: Os estudos encontrados proporcionaram um panorama global sobre a ascensão tecnológica, a qual permite ampliar o acesso às orientações educativas que auxiliam no autocuidado de indivíduos com insuficiência cardíaca, resultando em melhores prognósticos.