Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ALIMENTAÇÃO E EXERCÍCIO FÍSICO COMO MOTIVAÇÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Relatoria:
Leonardo da Conceição Pereira
Autores:
- Erisonval Saraiva da Silva
- Rebeca dos Santos Miranda de Oliveira
- Luana Savana Nascimento de Sousa Arruda
- Miriane da Silva Mota
- José Wicto Pereira Borges
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) faz parte do grupo das doenças crônicas não transmissíveis, sendo uma importante condição de manifestação de doenças no sistema cardiovascular e apresenta como fatores modificáveis: forma de alimentação, obesidade e sedentarismo, dentre outros. Objetivo: Identificar fatores alimentares e de exercício físico como elementos de motivação ao tratamento não medicamentoso da HAS. Metodologia: Estudo metodológico qualitativo com hipertensos maiores de idade atendidos em Unidades Básicas de Saúde de Teresina Piauí. A questão norteadora: o que o motiva a seguir o tratamento de sua doença? Foi aplicada em oito grupos focais com média de 6 pessoas cada, os dados foram gravados e analisados pelo software IRAMUTEC (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com parecer Nº3.724.008. Resultados: A caracterização da amostra demonstrou maioria idosa (59,65 %) do sexo feminino (63,5%) autodenominados pardos com baixo nível de escolaridade (61,6% e 65,4%) respectivamente. A maioria (63,5%) possui renda de 1 salário mínimo e 69,2% possuem diagnóstico de HAS de 6 anos ou mais. Dentre as classes temáticas observadas, as características dos hábitos dos participantes, pontuaram palavras como “sal”, “comer” e “comida” que se relacionaram aos hábitos “academia”, “caminhar”, “andar” e “rotineira” que representaram situações de motivação ao tratamento não medicamentoso da HAS. No entanto, foi detectado no discurso dos participantes durante os grupos focais sobre a atividade física e alimentação saudável, alguns motivos pela desmotivação ao tratamento, tais como: [...] “De vez em quando eu mudo a alimentação aí eu paro e mudo de novo não consigo seguir uma dieta direito a gente fica desmotivado” [P34]; [...] “Eu faço a caminhada porque sou obrigada mas não gosto não” [P50]. Conclusão: A partir de alguns relatos que emergiram na amostra, foi possível evidenciar que é prevalente a relação entre mudanças no estilo de vida e alimentação. No entanto, percebeu-se que ocorre desmotivação em manter um programa de alteração no estilo de vida ao longo da vida. Tal mudança deve perpassar pela crença do acometido, acreditando nos benefícios à longo prazo e evitando traumas futuros ocasionados por descontrole da pressão arterial.