Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença não transmissível de origem insidiosa e multifatorial, afetando diretamente na sobrevida de seus portadores. É caracterizada pelo seu índice elevado da pressão arterial (PA), onde o valor da sístole e diástole são iguais ou ultrapassam o valor de 140/90, podendo ou não ser associada com lesões em órgãos-alvo, afetando a circulação sistêmica. Sua progressão apresenta crucial fator para o risco cardiovascular. O não tratamento, evolução e implicações dessa comorbidade, incide sobre as taxas de hospitalização, morbidade e mortalidade. Objetivo: analisar o perfil das internações por hipertensão essencial ocorridas no estado de Goiás, no ano de 2021. Método: Se trata de um estudo epidemiológico transversal, observacional, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa e com utilização de dados secundários. A coleta de informações foi realizada no mês de Janeiro de 2023 na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde, a partir do SIH-SUS, no qual utiliza como instrumento o formulário de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Resultados e Discussão: No ano de 2021, foram realizadas 802 internações no estado de Goiás por hipertensão arterial essencial. Quanto ao seu perfil epidemiológico, apresenta 336 internações no sexo masculino (41,90%) e 466 internações no sexo feminino (58,10%). Em relação ao caráter de atendimento, 40 internações foram eletivas (marcadas com antecedência) e 762 foram de urgência (não programadas). Em termos de faixa etária, a maioria das internações por hipertensão essencial envolveu pacientes com 60 anos ou mais (470 internações). Em relação à raça/cor, a maioria dos pacientes internados por hipertensão essencial era parda (252 internações). As regiões de saúde Nordeste II, Norte e São Patrício II apresentaram as maiores taxas de internação por hipertensão arterial essencial em Goiás. Conclusão: Os dados apresentados mostram uma distribuição heterogênea das taxas, o que destaca a importância de políticas públicas para prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial. Ações voltadas para a promoção da saúde, como a educação em saúde, o incentivo a hábitos saudáveis e o acesso facilitado aos serviços de saúde, podem contribuir para a redução das taxas de internação por hipertensão arterial essenciais em todo o país. Descritores em Saúde: Hipertensão Essencial; Hospitalização; Promoção da Saúde.