INTRODUÇÃO: No cuidado ao neonato, é importante o respeito às individualidades, a neuroproteção, promoção do vínculo pais/recém-nascido (RN) de alto risco durante a internação e após a alta. OBJETIVO: construir uma flor explicativa do cuidado neuroprotetor. METODOLOGIA: A flor explicativa da neuroproteção foi construída apoiada nos Manuais do Ministério da Saúde e artigos científicos. A realização surgiu a partir da prática na Unidade Neonatal e a constatação da exposição dos RN pré-termo a situações estressantes que podem ser minimizadas com a prática baseada em evidências científicas. RESULTADOS: A construção da flor possibilita reconhecer as necessidades do RN pré-termo e os benefícios em longo prazo. Foram definidas 7 medidas: Salvaguardando o sono - ajuda na memória e aprendizado. Posicionamento e manuseio - proporcionar melhor descanso favorece o crescimento. Proteção da pele - toque firme e suave, cuidado com troca de fraldas e uso de roupas macias. Minimizando a dor e estresse - realizar posição canguru para conforto. Nutrição - priorizar o leite materno. Parceria com a família - redução no tempo de internação. Ambiente de cura - toque e contato pele a pele como tranquilizadores, diminuição de sons. Incluindo prevenção de lesões neuronais e regeneração neuronal, evita extensão de lesão neuronal pré-existente, nutrição e desenvolvimento adequado e proporciona maior integração com a família no reconhecimento dos estressores no RN. A família é responsável pela conexão emocional com o RN e pode oferecer cuidados através do toque e contato pele a pele que minimiza o manejo negativo indispensável para a sobrevivência. CONCLUSÃO: Os cuidados neuroprotetores conferem atenção humanizada e são essenciais para o equilíbrio fisiológico dos RNs pré-termo, pois possibilitam uma assistência qualificada. Compreender os aspectos do neurodesenvolvimento e conhecer intervenções comportamentais necessárias para estabelecer os cuidados neuroprotetores de acordo com o desenvolvimento de cada RN, são fundamentais para reduzir as consequências negativas do ambiente extra-uterino. A colaboração entre famílias e profissionais de saúde facilita a estabilidade, traz benefícios e auxilia na capacidade adaptativa dos RN, proporcionando desfechos físicos, cognitivos e emocionais ideais e em tempo oportuno.