INTRODUÇÃO: A população brasileira está sofrendo mudanças em sua configuração etária, onde as pessoas estão vivendo cada vez mais e, com isso aumentando a expectativa de vida, fator que necessita assistência da saúde pública de qualidade que atendam as demandas e as especificidades integrais da população idosa. Nessa fase da vida, ocorre alterações fisiológicas e psicossociais, as quais geram desequilíbrios biológicos, sociais e psicológicos que podem ocasionar sofrimentos psíquicos. Dessa forma, com base na Teoria Transcultural, de Madeleine Leininger, torna-se indispensável promover o cuidado ao indivíduo de forma segura, eficiente e holística, considerando seus aspectos pessoais e socioculturais. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na realização de atividades educativas com um grupo de idosas sobre saúde mental baseado na Teoria Transcultural. MÉTODO: Utilizou-se a metodologia da problematização de Berbel, com o arco de Maguerez constituído de 5 etapas (Observação da realidade, Levantamento dos ponto-chave, Teorização, Hipóteses de solução e Retorno a realidade). A observação da realidade ocorreu durante as práticas curriculares de Enfermagem Comunitária I, sendo o primeiro contato com o grupo de idosas, associado as dependências de um Igreja. A segunda etapa ocorreu pela proximidade na relação com o grupo durante as visitas e identificação das necessidades de cuidado. Na etapa de teorização, com orientação da preceptora da disciplina supracitada e o auxílio da literatura, foi estabelecido a importância da promoção à saúde mental e cuidados preventivos. Na quarta etapa foram planejadas 3 ações lúdicas abordando as temáticas: demências, depressão geriátrica e prevenção ao suicídio; e na última etapa foram realizadas as atividades propostas em alusão ao setembro amarelo. RESULTADOS: Foi observado que o grupo havia conhecimento acerca dos assuntos compartilhados, demonstrado por vivências, opniões, relatos familiares etc, porém pode-se notar subvalorização e saberes ultrapassados em relação a saúde mental e seus agravos por exemplo, associando episódios depressivos à falta de religião, devido convicções e experiências culturais próprias dessa faixa etária. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidencia-se a necessidade de maior propagação da saúde mental geriátrica, ponderando a vulnerabilidade desse grupo, frente as necessidades de cuidados que promovam assistência integral ao individuo.