Introdução: A música se destaca como recurso terapêutico mais utilizado entre as terapias complementares e integrativas. Há anos, desde as culturas antigas esta ferramenta terapêutica tem sido utilizada para reduzir o sofrimento e alivio da dor, visto que esta prática se perpetua até os dias atuais. Objetivo: Descrever a influência da música nos parâmetros comportamentais das crianças com cardiopatia congênita. Método: O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa. A população constituiu-se de crianças portadoras de cardiopatia congênita que estavam em tratamento clínico e cirúrgico na UTI de pediatria e que atendessem aos critérios de inclusão. Resultados: Relacionado a influência musical durante a gestação, quando perguntado as mães, o resultado da resposta, sim ou não, se mostraram proporcionalmente semelhantes, não havendo predominância de ambas as partes. Na entrevista, as mães (E3 e E4) acrescentaram a resposta colocando que costumam ouvir música quando os bebês estavam agitados. A mãe (E1) relatou que o pai do seu bebê era músico, sendo o contato da mesma com a música somente quando ouvia o pai do bebê tocar. Uma outra mãe (E2) colocou que não teve contato com a música, mas tinha consciência que a música fazia bem para o seu filho, devido relatos das enfermeiras de um outro serviço de saúde na qual o seu filho esteve hospitalizado anteriormente. Notou-se nos relatos de algumas mães que a música beneficiou positivamente tanto os bebês como a si próprio. No relato de uma das mães (E2) observou-se o efeito benéfico da música sobre um sinal e sintomas característico da cardiopatia congênita apresentado pelo seu bebê, destacando as cardíacas e cerebrovasculares, pois age estimulando a liberação de endorfina no sistema nervoso simpático, causando efeito sobre área do coração. Conclusão: Acredita-se com este estudo que a música oferece inúmeros efeitos benéficos, eficientes e imediatos, em bebês internados em unidade de terapia intensiva pediátrica por cardiopatias congênitas e espera-se que essas discussões possam contribuir para uma reflexão crítica e uma mudança de postura intencionando a incorporação desta ferramenta na área da saúde como uma prática terapêutica integrativa e complementar, capaz de intervir simultaneamente em nível biomédico e psicossocial, consistindo em tratamento não invasivo e doloroso, promovendo benefícios para a saúde do paciente, em especial as crianças hospitalizadas.