INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus (DM) é um problema de saúde pública com elevada prevalência e para bom o controle metabólico dessa doença é necessário a adoção de hábitos saudáveis, prática de atividade física, controle do peso, cessação do tabagismo e de bebidas alcóolicas, associados ao tratamento farmacológico. O controle do diabetes é uma das áreas de atuação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e a implementação ações educativas torna-se fundamental para empoderar os pacientes e melhorar o seu controle glicêmico. OBJETIVO: Relatar a experiência de ação educativa para diabéticos vinculados a uma ESF. METODOLOGIA: Este estudo é de cunho descritivo, tendo como enfoque o relato de experiência vivenciado mediante a intervenção realizada para pessoas com diabetes mellitus 1 e 2, vinculados a uma ESF de um bairro da cidade de Picos-PI, por alunos do curso de enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior e por profissionais da ESF durante o mês de julho de 2022. Na ocasião, realizou-se uma roda de conversa com os participantes sobre a importância da mudança do estilo de vida, da adesão ao tratamento farmacológico e da adoção de comportamentos para evitar as complicações da doença. Panfletos com informações textuais e visuais sobre os assuntos abordados foram entregues durante a conversa. Ao final, os presentes passaram por consulta de enfermagem individual, com realização do exame do pé diabético e solicitação de exames de rotina. RESULTADOS: Durante a atividade foi possível ouvir as vivências individuas de cada paciente em relação ao DM, bem como sua forma de enfrentamento para com a doença. Na ocasião, pode-se debater acerca da importância de mudanças de estilo de vida, como dieta balanceada e atividade física para evitar possíveis complicações macro e microvasculares. Também foi destacado a importância do acompanhamento interprofissional. Por fim, foi possível perceber a realidade da comunidade, possibilitando o fortalecimento de vínculos com a mesma, fato importante para encorajar a relação profissional-cliente, estimulando uma autorreflexão, que possibilita ao indivíduo reconhecer os próprios riscos, fazer escolhas conscientes e adotar um estilo de vida mais saudável. CONCLUSÃO: A ação educativa possibilitou uma aproximação da ESF com as pessoas com DM de sua área adscrita, reforçando laços e vínculos com a mesma, abrindo possibilidade de diálogo para expansão do conhecimento e das boas práticas na saúde coletiva.