A ansiedade é um dos transtornos mentais que acometem pessoas que vivem com HIV (PVHIV), cujos efeitos interferem negativamente na saúde de forma mais intensa, na autoestima, no desempenho do autocuidado e na adesão à terapia antirretroviral (TARV). A Organização Mundial de Saúde propõe atenção à triagem, acolhimento, e uso de protocolos de saúde para abordagem e intervenções para redução de danos a PVHIV, sinais de ansiedade e inadequações à TARV, apesar de importante, nota-se deficiente tais intervenções. Em função da experiência no cuidado dessa população, objetiva-se relatar acerca da prática de enfermeiros e acadêmicos de enfermagem para promover cuidados de enfermagem direcionado à ansiedade na vigência do HIV, em que utilizaram como estratégia o atendimento presencial. Relato de experiência desenvolvido mediante projeto de pesquisa e extensão universitária, coordenada por enfermeiras com expertise na área e que envolve o ensino acadêmico. A ação ocorre por encaminhamento de profissionais da equipe, incluindo aqueles com diagnóstico de enfermagem (ansiedade) e por divulgação no serviço, mediante folhetos e banners. O atendimento mediado por consulta de enfermagem, acontece por livre demanda, cujas etapas são: as PVHIV são acolhidas, avaliados quanto ao grau de ansiedade, impactos do HIV, aspectos sociodemográficos e sociais e intervenções. O enfermeiro desenvolve o atendimento de modo humanizado buscando evidências mediante dados obtidos em conjunto (grau de ansiedade, implicações de determinantes sociais e outros) e que ratificam danos à saúde mental. Assim, são ofertadas participação em grupos terapêuticos, auriculoterapia e, quando necessário encaminhamento para acompanhamento médico em saúde mental. Mediante tais descrições, esse relato demonstra a importância e autonomia do Enfermeiro em aplicar seu conhecimento em saúde mediante consulta de enfermagem, além da experiência do acadêmico de enfermagem em participar precocemente do cuidado humanizado, tão necessário às pessoas que ainda (con)vivem com estigmas e preconceitos advindos de familiares e da sociedade, situações que tem favorecido a manutenção da ansiedade. Tal experiência é salutar para o cenário de educação e promoção de saúde.