INTRODUÇÃO: A primeira onda da COVID-19 requereu da gestão de enfermagem inovações tecnoassistenciais ligadas às práticas de cuidado; resultantes de constantes planejamentos, tomadas de decisão com celeridade, qualidade e conhecimentos técnico-científicos. Exigindo ainda dos gestores e profissionais a exequibilidade de grandes demandas para assistir os pacientes- como a criação de leitos de terapia intensiva. Em nossa instituição, houve a necessidade de realização da transição de uma Unidade de Internação (com vinte leitos clínicos) para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta; apesar das limitações existentes na estrutura física, nos equipamentos e na qualificação da equipe assistencial. OBJETIVO: Descrever os desafios enfrentados com as inovações tecnoassistenciais na pandemia da COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado em um Hospital Referência em Doenças Infecciosas, no município de Fortaleza- Ceará em maio de 2020; durante a transição do perfil de uma Unidade de Internação de baixa e média complexidade - que atendia pacientes com doenças infecciosas (com predominância do HIV/Aids), passando a atender pacientes de alta complexidade, acometidos pelo COVID-19. Participaram da organização dessa transição: gerência de enfermagem, coordenação de enfermagem e médica; e o apoio administrativo (secretárias administrativas, controlistas e profissional de equipamentos). O presente trabalho traz a perspectiva do apoio administrativo nesse processo. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Destacamos como desafios: a falta de equipamentos; estrutura física não adequada para receber pacientes de alta complexidade; recebimento de doações de ventiladores mecânicos de marcas diferentes (necessitando de equipe treinada); quantidade insuficiente de bombas de infusão contínua e frascos de aspiração-requerendo um levantamento e controle minucioso para estruturar a unidade. Diante de todos os obstáculos, a equipe administrativa, enquanto integrante da equipe gestora, inovou participando da reestruturação da parte física da unidade, na criação de instrumentos de trabalho para definição de processos, elaboração de protocolos institucionais e capacitação dos profissionais sem experiência em terapia intensiva. CONCLUSÃO: A atuação dos profissionais do apoio administrativo foi de suma importância para a implantação das mudanças e das inovações tecnoassistenciais necessárias para o enfrentamento da transição ocorrida na referida instituição hospitalar.