Introdução: A utilização das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) vem crescendo a cada ano, servindo como modo de humanizar a assistência e centralizar o paciente como ator ativo no processo de saúde-doença. Como firmamento para tais práticas em 2006 surge a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS), que incentiva o estudo e a pesquisa envolvendo as PICS. O Reiki é uma terapia energética e holística caracterizada pela imposição das mãos cujo objetivo é reestabelecer o equilíbrio físico, mental e espiritual. O profissional de enfermagem, quando capacitado, pode incluir tal intervenção em sua lista de cuidados sendo respaldado pela portaria nº849/2017 e pela resolução do conselho federal de enfermagem nº581/2018. Objetivos: Relatar a aceitabilidade do paciente e a facilidade de realização da intervenção Reiki no ambiente hospitalar. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, baseado nas vivências obtidas no desenvolvimento de um trabalho de conclusão de residência, desenvolvido em um hospital de referência em cardiologia do Recife com pacientes no período pré-operatório de cirurgia cardíaca. Este trabalho tem a finalidade de descrever a aceitabilidade do paciente e na facilidade de realização das práticas integrativas em especial a intervenção Reiki. Pesquisa aprovada com CAAE: 91177618.5.0000.5192. Resultados: Para realização da pesquisa foi solicitado um ambiente próprio para a realização da intervenção, com horário compatível e sem demais demandas, sendo facilmente alcançada a solicitação realizada a gestão. No desenvolvimento da pesquisa houve um total de 17 recusas, onde destes 10 especificaram a recusa (3 por não conhecer, 3 por questões religiosas e 4 por fatores pessoais) e 7 não especificaram, na pesquisa era realizada um questionário socioeconômico e o indicie de religiosidade de Duke, tais dados foram cruzados com a aceitação da intervenção Reiki para identificar se havia correlação. Conclusão: Como evidenciado na literatura a intervenção Reiki é uma terapia de fácil uso, de baixo custo e com poucas demandas para sua realização, esse fato estimula a sua realização no ambiente hospitalar por trazer diversos benefícios e pouco custo. Sobre a sua aceitação, a intervenção ainda é pouco difundida e sua realização mistificada pelas pessoas que mesmo sem relação, ligam a intervenção a práticas religiosas o que influencia na sua recusa, principalmente em pessoas com forte vínculo religioso.