INTRODUÇÃO: A prematuridade configura-se como uma experiência diferente do que a mãe imaginou para a gestação e o nascimento do filho, surgindo sentimentos que podem causar sofrimento nela e em toda a família, sendo a alta hospitalar, um momento que deve ser planejado. OBJETIVO: Discorrer sobre os sentimentos experienciados pelas mães de recém-nascidos prematuros(RNPT), após alta hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa realizado com cinco mães responsáveis pelos cuidados ofertados ao RNPT em domicilio, acompanhados pela Estratégia Trevo de Quatro Folhas e Projeto Coala, em um município do interior do Ceará. A pesquisa foi realizada no período de dezembro de 2019 a março de 2021, tendo a coleta de dados ocorrido no período de janeiro e fevereiro de 2021. A coleta de dados deu-se de duas maneiras, com o Instrumento de coleta de dados e as Oficinas, que foram realizadas por meio de plataformas virtuais. Para análise das informações colhidas nas oficinas foi utilizado a Análise de Conteúdo de Bardin. A pesquisa seguiu as normas éticas propostas na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa do Centro Universitário INTA. RESULTADOS: Foi possível identificar que o sentimento de ansiedade prevaleceu em todas as falas das participantes, onde elas se apresentam angustiadas quanto ao crescimento e desenvolvimento dos filhos, diante de terem nascido prematuros. O medo também foi comum entre as falas, que se sentem inseguras quanto as intercorrências comuns dos recém-nascidos, como cólicas e regurgitações. É muito importante que sejam identificados esses sentimentos na mãe e trabalhados sua auto eficácia quanto aos cuidados ao RNPT, uma vez que níveis altos de estresse podem desencadear uma depressão e atrapalhar a mãe diante da sua competência materna. Para que se reduza os níveis de ansiedade e estresse é necessário que os pais recebam apoio da sociedade, para que se proporcione confiança e se estimule as habilidades quanto aos cuidados ao RNPT em domicílio(BUGS, 2016). CONCLUSÃO: Foi possível perceber que a prematuridade se configura como um processo difícil e que requer adaptação das famílias diante da situação vivenciada, onde as mães apresentam medo e insegurança sobre os cuidados aos RNPT. Assim, identifica-se a importância do processo de orientação e acompanhamento contínuo das mães, desde o período da internação hospitalar até o processo da alta.