Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
MÉTODOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO PÓS-PARTO CESÁREO
Relatoria:
ANNA KAROLINNE MORAIS E ARAUJO
Autores:
- Kamilla Carneiro Alves Marques
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) associado ao parto cesáreo é uma das principais causas de morbimortalidade materna em países em desenvolvimento, constituindo um desafio para a saúde pública. É recomendado que as instituições realizem a vigilância pós-alta para fins de notificação e acompanhamento. Objetivo: Relatar a experiência de vigilância epidemiológica pós-alta de pacientes submetidas ao parto cesáreo para o diagnóstico precoce de ISC. Metodologia: Relato de experiência vivenciado por enfermeiros de um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), no período de janeiro a dezembro de 2020, em um hospital público de Fortaleza-Ceará. Resultados: Durante o período, foram implementados na instituição métodos de busca ativa de vigilância pós-alta por telefone (ligação), retorno ambulatorial com enfermeiro para avaliação da ferida operatória e preenchimento de questionário estruturado, a partir de 15 dias após a data do procedimento, e busca ativa em atendimentos de emergência obstétrica. As estratégias de vigilância tornaram os indicadores de ISC mais sensíveis, que por conseguinte, elevou as taxas nesse período. Porém, possibilitou o registro dos dados para análise de variáveis e implementações de intervenções. Dentre as estratégias implementadas houve a criação de lista de verificação cirúrgica para parto cesáreo, abrangendo os períodos pré-parto, intra-parto e pós-parto, além da criação de protocolo de antibioticoprofilaxia, monitorização de controle glicêmico, tricotomia e estratégias educativas com os profissionais assistenciais. Conclusão: Diante do exposto, torna-se imprescindível a implementação de metodologias de busca ativa para detecção de ISC a fim de analisar os indicadores e implementar medidas de prevenção. Entretanto, estabelecer qual o melhor método de vigilância de ISC após a alta hospitalar ainda é um desafio nas instituições brasileiras de saúde.