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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
HISTORICIDADE DA VIVÊNCIA DE PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL: CONHECER PARA CUIDAR MELHOR
Relatoria:
CLAUDIOMIRO DA SILVA ALONSO
Autores:
  • ELINE LIMA BORGES
  • LEILA EMANUELLE PEIXOTO NASCIMENTO
  • THAIS HELENA SILVA PIMENTA
  • FABIANE DA CRUZ COSTA
  • DANIELE ESTÉFANY DE SOUZA PIRES
  • FERNANDA ESMÉRIO PIMENTEL
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A vida e suas adversidades são encaradas de forma única pelos seres humanos. As primeiras publicações disponíveis convergiam no sentido de que a vivência com uma estomia de eliminação intestinal, caracterizava-se como uma etapa difícil , mas que poderia ser superada com boa assistência de enfermagem e com apoio social. Os principais desafios de viver com uma estomia de eliminação intestinal pautavam-se na dificuldade de adaptação ao equipamento coletor, autoimagem deformada, recuperação da independência e retomada da atividade sexual. As tecnologias evoluíram, mas não há evidências de que o sofrimento da pessoa com estomia tenha acabado. Objetivo: conhecer a vivência de pessoas com estomias intestinais em seu percurso histórico. Metodologia: Trata-se de estudo de revisão, do tipo metassíntese, de caráter histórico. A busca teve como fonte a Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os descritores ”Ostomia” “Estomia”,“História” e “Viver”. A estratégia foi construída cruzando descritores, usando o operador booleano “AND” e “OR”, e filtrando artigos brasileiros, sem definição de horizonte temporal, resultando em 2136 artigos identificados. Foram excluídos artigos de pesquisas quantitativas ou mistos, ensaios, debates, revisões da literatura, relatos de experiências e pesquisas , cujo objeto fossem outras estomias. Foram selecionados 41 estudos, cujo horizonte temporal variou de 1972 á 2021. Resultados: os resultados sinalizam que a vivência da pessoa com estomia sempre foi sofrida. Antes da década de 90, o maior desafio era a ausência de equipamentos coletores descartáveis e com boa adesividade e bases adesivas de material antialérgico. Após 1990, novos produtos surgiram, e técnicas cirúrgicas avançaram com o advento dos grampeadores cirúrgicos. Os sentimentos ainda são negativos: depressão, angústia, revolta, insegurança, desgosto, ódio, raiva, repulsa, agressividade, não aceitação, luto, perda da identidade, dignidade e autonomia, constrangimento, inconformismo, sentimentos de nojo, desprezo e vergonha. Conclusão: a incorporação de tecnologias não foi suficiente para mitigar o sofrimento da pessoa com estomia. Neste sentido, deve-se investir no cuidado direcionado para o problema e centrado na pessoa, com vistas a promover o autocuidado e a reabilitação para a vida social, uma vez que o cuidado de enfermagem é o único capaz de transcender a ótica biologicista impregnada no cuidado em saúde.