Introdução: O diabetes mellitus (DM) pode ser conceituado como um grupo heterogêneo de desequilíbrios metabólicos cujo denominador comum é a hiperglicemia e seus possíveis desfechos associados. Um fator que pode agravar ainda mais a doença é não adesão pelo paciente a práticas de autocuidado favorável para o controle. Assim, torna-se relevante identificar fatores que possam intervir na adoção de práticas de autocuidado. Objetivos: analisar as evidências disponíveis sobre fatores associados às práticas de autocuidado em pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Metodologia: pesquisa bibliográfica, exploratória, do tipo revisão de literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) mediante os descritores “diabetes mellitus tipo 2” e “autocuidado” e utilizando o operador booleano AND. Foram incluídos artigos originais pertinentes ao tema. Excluíram-se teses, dissertações, documentos oficiais e artigos de revisão de literatura. Foi realizado preliminarmente, no processo de seleção, a leitura dos títulos e resumos, e em seguida a leitura dos textos completos, permanecendo na seleção final os artigos que versavam sobre a temática. Como recorte temporal foi estabelecido 2017 a 2021 justificando a busca das evidências mais atuais sobre o tema. Resultados: entre os estudos analisados, as práticas de autocuidado evidenciadas entre pacientes com DM foram a verificação de glicemia de jejum, cuidados com a alimentação de maneira geral, assim como a preocupação com ingestão de uma dieta equilibrada, com ingestão frequente de frutas e vegetais, verificação de glicemia pós-prandial, aferição de pressão arterial, prática regular de atividade física, exame frequente dos pés, seja por profissional de saúde ou através do autoexame, monitorização domiciliar rotineira da glicemia capilar, e cuidados relativos a utilização da insulina, como a observação entre o tempo de aplicação e os picos de ação da droga. Conclusão: esta revisão de literatura evidenciou múltiplas práticas de autocuidado em pessoas com DM tipo 2 que podem contribuir para o controle da doença, que vão deste a adoção de hábitos saldáveis de vida, aos cuidados com o tratamento medicamentoso e relativos à prevenção de complicações relacionadas à doença. Desta forma, os dados desta pesquisa ressaltam a necessidade do planejamento e execução de intervenções multiprofissionais e interdisciplinares direcionadas às necessidades de cada paciente.