INTRODUÇÃO: Na assistência ao paciente psiquiátrico, os profissionais de enfermagem necessitam de competências e habilidades que vão além do cuidado tradicional, que incorporem em suas práticas o conhecimento interdisciplinar e transdisciplinar, a fim de que se possa recuperar a dignidade dos que estão em sofrimento psíquico. Nesse contexto, emerge a intervenção psicossocial da socioterapia, com a proposta de recuperar esse indivíduo como sujeito social capaz de estabelecer sua socioafetividade por meio da interação com o ambiente e seus indivíduos constituintes. OBJETIVOS: Relatar a vivência de acadêmicas de enfermagem na assistência a pacientes com transtornos mentais na perspectiva da socioterapia. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, que ocorreu por meio do estágio curricular do componente Saúde Mental II do curso de Graduação em Enfermagem de uma universidade pública em Belém do Pará, configurado numa atividade extra-hospitalar, no mês de maio de 2022, em um hospital de referência em psiquiatria. RESULTADOS: A vivência permitiu refletir sobre a integração da socioterapia no cuidado de enfermagem psiquiátrica, a qual apresentou-se como uma grande aliada nos processos de subjetivação dos indivíduos, na promoção da confiança entre profissionais e pacientes, possibilitando a comunicação eficaz, os quais auxiliam na recuperação do bem estar e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. A realização da atividade fora do ambiente hospitalar foi efetiva, se mostrando como uma prática inovadora que possui influências significativas no tratamento de pacientes em internação psiquiátrica. CONCLUSÃO: A socioterapia se revela como importante estratégia de assistência a pacientes com transtornos mentais, e a presença da enfermagem se configura como um artifício de empoderamento da sua atuação no campo da saúde mental.