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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
RISCO DE SUICÍDIO X TRATAMENTO COM DEXTROCETAMINA: CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM PARA UM NOVO TRATAMENTO
Relatoria:
Juliana Barbosa da Silva
Autores:
  • Débora Câmara Rolim
  • Márcia Jordana Freire Gomes
  • Luciane Paula Batista Araújo de Oliveira
  • Wanessa Cristina Tomaz dos Santos Barros
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O suicídio é um importante problema de saúde pública. Estima-se, no mundo, mais de 700 mil mortes por suicídio anualmente, sendo o transtorno depressivo maior (TDM), um fator relacionado a mais da metade das tentativas de suicídio. Embora o TDM seja passível de tratamento, até um terço dos pacientes não respondem ao tratamento, devido limitações como tempo prolongado para eficácia medicamentosa. No entanto, estudos recentes apontam que o uso de doses subanestésicas de Dextrocetamina, demonstraram uma redução rápida, embora transitória, dos sintomas depressivos em pacientes com transtornos de humor. A assistência ao paciente durante e após a administração da Dextrocetamina é realizada por equipe multiprofissional, tendo a enfermagem um importante papel. O objetivo deste estudo é descrever a atuação da equipe de enfermagem na assistência ao paciente submetido ao tratamento com Dextrocetamina. Estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido durante a atuação prática, das enfermeiras residentes em programa multiprofissional na área de atenção psicossocial, em um hospital universitário do Rio Grande do Norte, desde de março de 2021. O procedimento de administração da dextrocetamina, no hospital supracitado, vem sendo desenvolvida a cerca de 4 anos, em nível ambulatorial e também durante internação hospitalar. São elegíveis para realização do tratamento pacientes com ideação fixa ou tentativa de suicídio recente, com sintomas refratários ao uso de antidepressivos, com risco iminente de suicídio. A avaliação, o encaminhamento e a administração do medicamento é realizada pelo psiquiatra, porém após a infusão, a equipe de enfermagem faz a monitorização contínua do Eletrocardiograma, avaliação do nível de consciência e verificação, a cada 15 min, dos sinais vitais, por 60 a 90 min. Neste período, há observância direta quanto a possíveis reações adversas como: hipertensão, taquicardia, depressão respiratória, ou ainda, delírios, confusão mental e agitação psicomotora. Após período de observação o paciente é reavaliado e liberado após apresentar escore da escala de Aldrete–Kroulik > 8. A atuação da enfermagem ao paciente em uso de dextrocetamina, torna-se indispensável para a vigilância no aparecimento de eventos adversos, assim como, na realização de intervenção imediata no caso de complicações. Este estudo contribui significativamente na saúde mental por relatar atuação, pouco conhecida, da enfermagem em uma nova modalidade de tratamento.