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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
IMPACTOS DA SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES GRUPAIS PARA A PESSOA IDOSA NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19
Relatoria:
Vitória Regina de Souza Silva
Autores:
  • Carlos Eduardo da Silva Lima
  • Andréa Carvalho Araújo Moreira
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Os grupos de idosos são ferramentas potentes de promoção da saúde, havendo a necessidade dessas práticas estarem pautadas em uma ciência que atenda as reais necessidades de seus participantes e os inclua como protagonistas. Objetivou-se conhecer as implicações da suspensão das atividades grupais para a pessoa idosa no contexto da pandemia COVID-19. Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, fundamentado na Teoria da Intervenção Práxica de Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC), desenvolvido em Sobral-CE. Participaram sete idosas dos grupos dos bairros Alto da Brasília e Expectativa e cinco Agentes Comunitários de Saúde, responsáveis pelos grupos do Alto da Brasília, Expectativa, Campo dos Velhos e Sumaré. A coleta de dados seguiu as primeiras duas etapas da TIPESC: captação da realidade e interpretação da realidade objetiva. Utilizaram-se dois instrumentos de coleta de dados para o diagnóstico situacional sobre as implicações da suspensão das ações grupais para o idoso. Os dados do perfil dos idosos e de caracterização dos grupos que contemplam as dimensões estrutural e particular foram analisados de forma descritiva e para análise da dimensão singular utilizou-se o software Iramuteq, com os testes Classificação Hierárquica Descendente, análise de similitude e nuvem de palavras. Os resultados foram agrupados em categorias: caracterização dos grupos, caracterização dos idosos, implicações da suspensão dos grupos e experiências do idoso com a COVID-19. A pesquisa foi aprovada sob o Parecer nº 4.195.669. Participaram mulheres de 60 a 78 anos. Os grupos são consolidados na comunidade e recebem apoio da ESF. Foi perceptível a falta que o grupo faz para os idosos, pois os vocábulos mais expressivos foram “sentindo falta” e “volta”, remetendo ao desejo de retomada das práticas grupais. Os idosos tinham vínculo forte com o grupo e manifestaram satisfação com a participação através do vocábulo “muito bom”. Para as ACS os longevos se sentem sozinhos e estas reconhecem a importância da retomada dos grupos, mas o medo é um grande desafio. Os idosos revelaram as experiências pessoais frente a COVID-19, com familiares adoecidos e a adaptação às estratégias de prevenção que ainda é processual. Compreende-se que os grupos têm papel fundamental, ampliando a rede social, sendo espaço potente para promoção da saúde e melhora da autoestima. O estudo reforçou a função dos grupos como ferramentas potencializadoras no cuidado ao idoso, favorecendo a autonomia e independência.