A Unidade de Terapia Intensiva é um ambiente difícil e tenso, onde a luta pela vida é árdua e o desgaste emocional é excessivo, tanto para os pacientes quanto para a equipe envolvida em virtude da carga intensa de trabalho e os riscos constantes à equipe. Ao considerar que durante a execução do trabalho o enfermeiro encontra-se exposto a fatores relacionados ao ambiente e à própria natureza do serviço, a relevância do estudo assenta-se, primordialmente, nas análises sobre o trabalho do enfermeiro, na dimensão da Unidade de Terapia Intensiva e no contexto do Sistema Único de Saúde, resgatando o percurso da formação à inserção profissional, da humanização e do compromisso ético e político do profissional. Assim, pretende possibilitar uma reflexão crítica para o alcance da melhoria da qualidade do trabalho da enfermagem tendo como relevância a importância da interseção entre o enfermeiro e a Terapia Intensiva para a produção do cuidado. Este trabalho tem como objetivo identificar na literatura os fatores estressores que desafiam o cuidado do enfermeiro ao paciente crítico na Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de uma Revisão Integrativa com análise de nove artigos, publicados entre 2010 e 2020. A maioria dos artigos foi publicada no Brasil; todos foram desenvolvidos em instituições hospitalares, sendo três em instituições públicas, um em instituição privada, dois em instituições públicas e privadas e três não informaram; as áreas dos estudos eram de enfermagem, saúde e psicologia; e as autorias, principalmente, da psicologia, enfermagem e neuropsicologia. Os resultados foram divididos em categorias: Idade e Sexo, Relações familiares, Carreira, Relações Interprofissionais, Condições Ocupacionais/Laborais e Saúde do Trabalhador. Constatou-se que a enfermagem, ao mesmo tempo em que é uma atividade geradora de estresse, torna-se um grande desafio, pois envolve o gerenciamento de emoções, sentimentos, aspirações, expectativas, motivações oriundas de histórias de vida singulares e que novos estudos poderiam investigar os recursos cognitivos, comportamentais e emocionais utilizados pelos profissionais para lidar com as situações que se constituem como fonte de estresse, resultando em propostas de intervenção. Este estudo identificou como fatores estressores que interferem no cuidado do enfermeiro ao paciente crítico na Unidade de Terapia Intensiva: as relações interpessoais, as condições laborais/ocupacionais, relações familiares, a carreira e a saúde mental.