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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ALTERAÇÕES CÉRVICO-VAGINAIS EM MULHERES QUE CONVIVEM COM HIV ATENDIDAS NA CONSULTA DE ENFERMAGEM GINECOLÓGICA
Relatoria:
Suelen Araújo dos Santos
Autores:
  • MARLLUS NUNES DE FREITAS CAMILO
  • NAYARA GONÇALVES BARBOSA
  • Thais de Oliveira Gozzo
  • ZULEYCE MARIA LESSA PACHECO
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Mulheres que vivem com HIV têm uma probabilidade maior de evoluir lesões pré-neoplásicas e neoplásicas no colo de útero devido à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Nesse sentido, é fundamental a consulta de enfermagem ginecológica no acolhimento e na realização do rastreamento do câncer de colo uterino levando em conta a grande vulnerabilidade dessas mulheres. Objetivo: Avaliar e descrever as principais alterações citológicas e infecções encontradas nas coletas de amostras cervicovaginais de mulheres, atendidas na consulta de enfermagem de um serviço de atenção especializada, em um município da Zona da Mata Mineira. Metodologia: Estudo qualitativo, descritivo e documental retrospectivo. Os dados foram coletados por meio de consulta nos prontuários de mulheres que vivem com o HIV e foram atendidas na consulta de enfermagem disponibilizada por meio de um projeto de extensão universitária, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. Para apreciação dos dados utilizou-se a estatística descritiva. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora, sob parecer nº 2.879.732. Resultados: Dos 96 prontuários avaliados, 56,25% foram de mulheres que se autodeclararam pretas e pardas, 29,17% possuíam o ensino fundamental completo, 34,38% eram solteiras e 18,75% relataram não ter parceiro sexual. Com relação aos principais achados citopatológicos, 62,50% estavam dentro dos limites da normalidade no material examinado, 20,83% apresentavam a presença de Gardnerella vaginalis, 4,17% apresentavam lesão intraepitelial de baixo grau e 1,04 % lesão intraepitelial de alto grau. Conclusão: A vaginose bacteriana foi a principal alteração cérvico-vaginal detectada em mulheres que vivem com HIV, que pode corroborar para o aumento de efeitos adversos, como: HPV, que pode ocasionar lesões intraepiteliais de baixo ou alto grau; a infertilidade; endometrite; em gestantes, casos de prematuridade, recém-nascido de baixo-peso e aborto. Faz-se necessária a busca ativa destas mulheres portadoras de VB para o tratamento e orientações para melhor prognóstico. Ao sensibilizar o cuidado e ao construir o vínculo durante a consulta de enfermagem, garantimos a sensibilização da mulher para o autocuidado, a continuidade do tratamento e a longitudinalidade da assistência prestada.