A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, que pode evoluir de forma lenta e progressiva, levando a incapacidades físicas permanentes, quando não diagnosticada e tratada precocemente. No Brasil, foram identificados em 2020, 9.219 novos casos de hanseníase, dentre esses 1223 com Grau de incapacidade física - GIF2, que consiste em alterações de sensibilidade e motoras em olhos, mãos ou pés e/ou deformidades visíveis. Objetiva identificar na literatura científica estratégias e métodos da assistência de enfermagem capazes de prevenir/reduzir incapacidades físicas do paciente com hanseníase. Trata-se de uma Revisão Integrativa, realizada em junho de 2022. Norteada pela questão: Quais ações de enfermagem podem ser utilizados para redução das incapacidades físicas em pacientes com Hanseníase? Elaborada em seis etapas: pergunta norteadora, pesquisa de artigos, reunião dos dados, analise crítica dos estudos, discussão dos resultados e apresentação da revisão. Nas bases de dados: LILACS; BDENF; MEDLINE via Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Utilizando-se os DeCS: Hanseníase; Assistência de Enfermagem; Pessoas com Deficiência. Cruzados com o operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos completos disponíveis na íntegra, de método bibliográfico ou de campo, sem limite temporal. Foram excluídos: revisões; e aqueles que não condiziam com a temática. Foram identificados 524 estudos, e apenas seis artigos foram incluídas, após passarem pela triagem e avaliação de elegibilidade. A partir da análise dos estudos, observou-se como atribuições essências para prevenção e redução das incapacidades: a promoção do diagnóstico precoce, através da vigilância epidemiológica; a participação na organização, supervisão, execução e avaliação das atividades de controle da hanseníase; educação em saúde sobre doença; autocuidado, através da hidratação, lubrificação, cuidado com a face, mãos e pés, e o manejo adequado das neurites e reações. Dessa forma, na perspectiva de um cuidado integral e educativo, a enfermagem pode atuar diante da prevenção e redução das incapacidades na hanseníase, pois seus papéis estão intrinsecamente ligados na orientação a nível individual e coletivo dos pacientes, desde o desenvolvimento de ações de educação em saúde e de vigilância epidemiológica da doença.