Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÕES DOS DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE SAÚDE DO TERRITÓRIO
Relatoria:
Lorena Pinheiro Braga
Autores:
- Érica Rodrigues Alexandre
- Maria Jeny de Sousa Oliveira
- Naiara Lino de Araújo Alves Alexandre
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A territorialização é um instrumento da prática da saúde pública, para esquematização das áreas de abrangência e melhor elaboração de estratégias em saúde, fornecendo informações sobre a qualidade de vida da população de determinada região geográfica, deste modo avaliando os impactos dos serviços de saúde na população. Este estudo objetiva compreender as percepções dos usuários sobre as vulnerabilidades e potencialidades do território. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no dia 12 de abril de 2022. Desenvolveu-se uma oficina de territorialização com um grupo de idosos atuantes num dos CRAS do município de Iguatu, pela nona turma de Residência Multiprofissional da ESP-CE. O momento teve a participação de 16 membros do grupo e 18 residentes. A oficina iniciou com uma dinâmica quebra gelo com movimentação corporal e estreitamento de vínculos. Após, foram iniciadas as metodologias participativas para facilitar as discussões. A primeira foi a chamada “Lavando a roupa suja", onde algumas roupinhas de papel foram distribuídas entre os participantes e estes foram orientados a escrever as vulnerabilidades do território. Enquanto isso, foram distribuídas algumas tarjetas de cartolina amarela, estas seriam os raios solares que secam as roupas do varal, indicando as potencialidades do território. Dentre os problemas estão: saneamento básico; abandono de animais; desestímulo à cultura; buracos nas ruas; água e esgotos precários; e falta de representações de bairro. Os destaques positivos foram: o atendimento do CRAS; grupo de idosos; escolas e igrejas; comunidade unida; e atuação da UBS. Em seguida pontuaram-se as estratégias de resolução dos problemas, para tal, realizou-se uma “Pescaria", onde os idosos escreveram soluções em peixinhos de papel e estes foram colocados no “mar das soluções”, cada participante dirigiu-se para a mesa e pescou uma ideia para discutir em grupo. As ideias pontuadas foram: construção de calçamento; eleger um presidente de bairro para intermédio com a administração do município; saneamento básico; e água tratada. Evidenciou-se que o território como espaço vivo, possui seus determinantes que implicam diretamente no processo saúde-doença. Compreender esse espaço pela ótica de quem habita o território possibilita implicar-se com as vulnerabilidades e potencialidades e mudar práticas assistenciais para a oferta de uma clínica ampliada sensível aos determinantes sociais de saúde e promoção de melhorias.