Introdução: O bullyng compreende uma prática repetitiva de violências físicas psicológicas para com alguém que se julgue mais frágil. Esse fenômeno é recorrente entre adolescentes, ocasionando prejuízos à saúde dessa população. Torna-se necessária a compreensão e discussão sobre esse tema, visando a prevenção. Objetivo: Relatar vivência sobre atividade educativa na discussão sobre bullyng junto a adolescentes em um centro urbano cearense. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo descritivo, na modalidade relato de experiência que aborda atividade educativa que envolve discente de pós-graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde e graduação em enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará. As atividades foram desempenhadas no mês de maio de 2022, tendo como público adolescentes frequentadores do Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte de Fortaleza, situado em uma região de menor Índice de Desenvolvimento Humano da cidade. Na oportunidade foram desempenhadas dinâmicas de “quebra-gelo” para estimular a fala, assim como atividades de cunho educativo sobre a temática. Resultados: Foi possível perceber entre os adolescentes uma dificuldade inicial na fala sobre a temática, assim como a face de constrangimento ao se reportar situações já vivenciadas por eles enquanto vítimas de situações caracterizadas como bullyng. Há também a dificuldade na compreensão sobre a definição do bullyng, sendo em alguns casos a difícil identificação sobre já ter praticado a ação, tendo em vista a naturalização de comportamentos constrangedores ou agressivos. Com o desenvolvimento da atividade de quebra-gelo e das discussões foi possível identificar que é crescente o interesse sobre a temática, e que aos poucos a definição do fenômeno estimula a fala e a interação com o grupo, tornando-se uma potente ferramenta de construção de saber. Conclusão: É possível identificar que a prática representa no território a possibilidade de definir o bullyng enquanto fenômeno, assim como discutir sobre suas repercussões ao mesmo tempo que trabalha sua prevenção. Assim, compreende a necessidade de seguimento em discussões sobre a temática, a fim de proporcionar ao público, sobretudo jovem, a compreensão sobre as repercussões da violência na saúde do indivíduo, visando contribuir com o empoderamento do sujeito.