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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA AUTOEFICÁCIA NO GERENCIAMENTO DA DOENÇA CRÔNICA
Relatoria:
MAURILO DE SOUSA FRANCO
Autores:
  • ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: As Doenças Crônicas (DC) apresentam-se como problema de saúde pública desafiador a nível global e sua gênese está associada a diversos fatores como alimentação inadequada, inatividade física, consumo de álcool e tabaco. Fatores psicossociais, como autoeficácia, podem contribuir para o gerenciamento de condições crônicas, a exemplo da Hipertensão e do Diabetes mellitus. Nesse contexto, a autoeficácia é identificada como um componente essencial para o comportamento e gerenciamento dos resultados de saúde em pacientes com doença crônica e trata-se da crença na capacidade do indivíduo para mobilizar a motivação necessária, recursos cognitivos e comportamentos para realizar tarefas importantes. Assim, a educação em saúde mostra-se como estratégia viável e eficaz para promover a autoeficácia em pacientes com essas condições. Objetivos: Relatar a experiência de educação em saúde, realizada como estratégia para promoção da autoeficácia no gerenciamento de doenças crônicas. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, tipo de relato de experiência, com abordagem qualitativa fundamento no referencial da Teoria de Autoeficácia. O estudo foi realizado em junho de 2022 no âmbito das ações do Programa Nacional de Hipertensão e Diabetes mellitus (HIPERDIA) em um município localizado no centro-sul piauiense. Foram convidados todos os pacientes cadastrados no programa. O Círculo de Cultura de Paulo Freire foi utilizado como recurso pedagógico e o roteiro de discussão foi guiado pelos itens da Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SEMCD-6). O estudo respeitou os pressupostos da ética em pesquisa envolvendo seres humanos. Resultado: A educação em saúde permitiu a troca de experiências dos participantes sobre ações de gerenciamento de suas condições. Ademais, contribuiu para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo dos participantes. O círculo de cultura, promoveu aproximação do profissional-paciente e permitiu reflexões favoráveis sobre suas crenças de autoeficácia. Houve participação e engajamento das pessoas em discutir aspectos da sua motivação como componente de seu tratamento. Conclusão: Ações de educação em saúde mostram-se promissoras para promover a autonomia e autoeficácia no gerenciamento de condições crônicas, como a hipertensão e o diabetes. Evidencia-se que a autoeficácia, ainda é um componente pouco explorado no rol das ações educativas, e precisa ser incorporada no processo de cuidado em indivíduos hipertensos e diabéticos.