O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica entendido como um distúrbio metabólico definido por hiperglicemia persistente devido à deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos. O DM1 ocorre por uma reação autoimune em que o sistema imunológico destrói as células beta pancreáticas, produtoras de insulina. É o tipo mais frequente na infância, apresentando hiperglicemia e rápida evolução para cetoacidose, sobretudo na presença de infecção. Após o diagnóstico clínico o início do uso da insulina será imediato e definitivo, a fim manter o nível glicêmico o mais fisiológico possível. A doença crônica na infância demanda cuidados à família, mudanças na rotina e grande ansiedade por ser responsável pela criança doente que tem dependência de atenção contínua, além de cuidados com a alimentação, tratamento medicamentoso, incessante preocupação com seu estado clínico, o que estabelece sobrecarga e sofrimento à família. O enfermeiro e a equipe multiprofissional deverão estar atentos às necessidades da criança e da família, buscando promover apoio emocional, orientação sobre as condições de saúde e cuidados da criança, direitos provenientes de programas governamentais de apoio à pacientes crônicos e demais questões. Objetivo: descrever as práticas de cuidado oferecidas para as crianças diabéticas no ambulatório de diabetes de um hospital universitário pediátrico. Metodologia: Estudo Qualitativo descritivo que se estruturou como relato de experiência realizado no período de janeiro a junho de 2022. Resultados: Observou-se que crianças e familiares com maior dificuldade de compreensão da doença ou adesão ao tratamento, passam por uma semana de internação hospitalar para estabilização glicêmica e educação em saúde, mediada pela enfermeira do ambulatório. O ambulatório se destina a lactentes, crianças e adolescentes para diagnóstico e acompanhamento, via SISREG ou parecer interno. As consultas são realizadas por enfermeiras, assistentes sociais, nutricionistas e médicos na perspectiva multiprofissional. As consultas de enfermagem realizadas no ambulatório são educativas para ajudar os familiares no cuidado e dispensação de insumos. Conclusão: Conclui-se que essa modalidade de atendimento ambulatorial pode ser mais eficiente se a equipe trabalhar de forma interprofissional buscando estratégias interativas e ampliadas no manejo com as crianças diabéticas e seus familiares para garantir um cuidado integral e singularizado.