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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DE GESTANTES COM DIABETES: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Relatoria:
Camila Elen Costa Alexandre
Autores:
  • Graciella Melo de Araújo Freitas
  • Uly Reis Ferreira
  • Ivyna Pires Gadelha
  • Priscila de Souza Aquino
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é um crescente problema de saúde pública e tem alta prevalência no período gestacional, devido à resistência insulínica fisiologicamente alterada. Durante a gestação, o descontrole metabólico causa um impacto significativo na saúde materno-fetal, aumentando a chance de complicações a curto e longo prazo, como aborto espontâneo e malformações fetais, dentre muitos outros desfechos. Objetivo: Caracterizar as condições clínicas de gestantes com diabetes mellitus. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, coletado a partir de uma dissertação de mestrado, desenvolvida em uma maternidade de referência localizada no município de Fortaleza-CE. A coleta ocorreu nos meses de agosto e novembro de 2018. Tendo análise a amostra 91 gestantes com diabetes, no pré-natal de alto risco. Resultados: Quanto ao diagnóstico dessas 91 gestantes, 81 (89%) tinham Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e 10 (11%), DM prévio. A média da idade das mulheres foi de 31,59 anos. A idade gestacional variou de 10 a 39 semanas. 57 (63,3%) tinha como estado nutricional a obesidade, 24 (26,4%) sobrepeso, 8 (8,9%) adequado, apenas 1 (1,1%) baixo peso e 77 (84,6%) caracterizadas como sedentárias. Quanto às características obstétricas, 77 (84,6%) eram multíparas. Em relação ao histórico obstétrico, 36 (39,6%) tinham pelo menos um aborto, 12 (13,2%) natimortalidade, 6 (6,6%) óbito neonatal e 23 (25,3%) prematuridade prévia. As causas mais prevalentes de internação na gestação atual foram alterações pressóricas, 5 (5,5%), e 5 (5,5%) precisaram realizar cerclagem. Todavia, 9 (9,9%) gestantes tiveram DM descompensada como uma das causas da internação. Faziam uso de alguma medicação 76 (83,5%), sendo mais frequente o uso da insulina (17;18,7%), metformina (14;15,4%), associação da metformina e insulina (10;11%), bem como polifarmácia devido a outras condições de saúde. Em relação aos problemas prévios de saúde, 43 (47,2%) tinham alguma condição preexistente, sendo mais frequente a Hipertensão Arterial Crônica (HAC) (17;18,7%). Conclusão: Conclui-se que o perfil das pacientes apresentado refere-se a mulheres com diagnóstico de DMG, multíparas, obesas, com abortos prévios e com principal causa de internação a descompensação glicêmica, com utilização de alguma medicação. A comorbidade mais frequente foi HAC. Dessa forma, reforça-se a importância de conhecer o perfil de mulheres para intervir com ações educativas.