Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
NECESSIDADES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE ENTRE TRABALHADORES DE UMA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE SUL-MATOGROSSENSE
Relatoria:
Samara Sandy Pereira dos Santos
Autores:
- Guilherme Oliveira de Arruda
- Liasse Monique de Pinho Gama
- Ana Patrícia Araújo Torquato Lopes
- Verusca Soares de Souza
- Karoliny Ruama Carrenho Ribeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As ações de educação permanente são práticas necessárias nos serviços de saúde, visto que, podem modificar processos de trabalho. Nesse sentido, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, instituída em 2004, endossa a importância das ações formativas a fim de viabilizar condições para se efetivar mudanças na atuação dos trabalhadores da saúde. Porém, para que esta política repercuta na formação e construção do trabalho em saúde é preciso investigar quais são os temas que os trabalhadores da saúde mais apontam como necessários, o que possibilitará a implementação de intervenções bem direcionadas. Objetivo: Identificar as necessidades de educação permanente entre trabalhadores da rede de atenção à saúde. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Participaram do estudo 212 trabalhadores da área da saúde de um município do interior do centro oeste brasileiro. A coleta de dados se deu entre junho e julho de 2022, por meio de aplicação online e presencial de questionário para caracterização sociodemográfica e ocupacional, bem como, identificação de necessidades de temas para educação permanente e condições de trabalho. A identificação dos temas para atividades formativas foi realizada mediante a seguinte escala de necessidade: “sem necessidade”, “pouco necessário”, “muito necessário” e “extremamente necessário”. A análise de dados se deu a partir de frequências absolutas e relativas, com enfoque sobre a proporção da resposta “Extremamente necessário” para os temas elencados. Resultados: técnicos de enfermagem (19,8%; n=42) e enfermeiros (14,1%; n=30) foram os trabalhadores que mais participaram do estudo. De modo geral, os temas de educação permanente identificados como extremamente necessários foram: Manejo de situações de crise / surto psicótico (71,4%; n=151), Manejo de situações de violência (68,9%, n=146), Acolhimento com classificação de risco na atenção básica / hospitalar (68,4%, n=145), Manejo de gestante de alto risco (68,4%, n=145) e Primeiros socorros aplicados a motoristas, agentes comunitários de saúde e instituições de ensino (66,0%; n=140). Conclusão: As temáticas identificadas como extremamente necessárias abordam problemáticas que ocorrem em toda rede de atenção à saúde. Conhecimento insuficiente sobre estes temas pode acarretar em eventos adversos, bem como a danos aos pacientes, sendo necessário atualizações constantes dessas e de outras temáticas que interferem no processo de trabalho.