Introdução: Tão relevante quanto polêmica, a abordagem da educação em saúde é de suma importância para a qualidade e efetividade da atenção em saúde sexual e saúde reprodutiva, especialmente no ambiente escolar. Essas atividades necessitam ter como apoio noções de empatia e acolhimento, uma vez que compreendem os valores morais e culturais dos indivíduos, além dos conhecimentos objetivos que permeiam essas questões. Objetivo: Relatar a experiência prática de atividades de educação em saúde a fim de verificar o conhecimento dos estudantes quanto à sexualidade e planejamento reprodutivo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, referente às atividades de educação em saúde da disciplina Trabalho em campo III: “Didática Aplicada à Enfermagem-Escolar”, realizadas com turmas de Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA) de escolas públicas de Parnaíba-PI, em junho de 2022. A aula expositivo-dialogada utilizou, a priori, slides e vídeo para explanação do conteúdo, seguido de demonstrações com o uso de próteses e folders para a ilustração dos procedimentos corretos no manuseio dos preservativos, os trâmites para acesso aos métodos contraceptivos disponíveis no Sistema Único de Saúde, bem como as condutas indicadas para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Resultados: Iniciou-se a palestra sondando o conhecimento dos alunos sobre a anatomia das genitálias femininas, como estratégia para despertar o interesse no tema. A seguir, introduziram-se os conceitos relacionados à Saúde Sexual e Reprodutiva, dando início a discussões sobre esses, com ênfase na concepção de consentimento dos indivíduos presentes. Posteriormente, foram feitos os debates acerca das IST’s, associando-as aos métodos de prevenção e profilaxia disponíveis no SUS. Ademais, foram explanados os métodos contraceptivos e as formas de acesso a esses. Análise crítica: Constatou-se a carência de educação sexual no ambiente escolar, a qual propicia o surgimento de inúmeras condições de saúde, como as IST’s, a gravidez na adolescência e o uso errôneo de métodos contraceptivos. Conclusão: As ações de educação em saúde realizadas pelas discentes de enfermagem contribuem para a formação dos estudantes de graduação pois proporcionam o contato com a comunidade e as suas necessidades. Auxiliam também na diminuição das IST’s, visto que a desinformação é um dos principais fatores para a sua disseminação.