Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
COVID-19 E A QUALIDADE DO SONO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
Relatoria:
ITALO ARAO PEREIRA RIBEIRO
Autores:
- Joyce Soares e Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As altas demandas de internações e de pacientes necessitando de cuidados intensivos, provocadas pela rápida disseminação do Novo Coronavírus (COVID-19), levou diversos sistemas de saúde pelo mundo ao colapso. A falta de matérias, insumos, equipamentos de proteção individuais (EPIs), leitos e as incertezas sobre a nova doença, acabaram potencializando as perturbações já presentes na rotina de trabalho dos profissionais da saúde, em especial, da equipe de enfermagem. Estes, além de enfrentarem longas jornadas de trabalho exaustivas e condições inadequadas para o trabalho, ainda lidaram com questões relacionadas ao medo da contaminação, com a morte de entes queridos e colegas de profissão, em meio a ausência de tratamentos adequados e vacinas para o controle da infecção, que somatizaram-se em um verdadeiro sofrimento físico e psíquico, contribuindo para possíveis alterações na qualidade do sono destes profissionais. Objetivo: Identificar na literatura as principais evidências científicas acerca da qualidade do sono entre a equipe de enfermagem no cenário da covid-19. Metodologia: Pesquisa de revisão integrativa da literatura, guiada pela questão “Quais as evidências científicas acerca da qualidade do sono entre a equipe de enfermagem no cenário da covid-19?”. O levantamento bibliográfico ocorreu nas bases de dados: MEDLINE via PubMed, SCOPUS, LILACS e BDENF via BVS, utilizando-se os descritores controlados e não contralados Decs/Mesh: “Nursing, Team”, “Covid-19”, “Sleep Wake Disorders”, “Sleep Quality”, “Nursing Assistants” e “Nurses”, combinados pelos operadores booleanos OR e AND. Resultados: Compuseram a amostra 10 artigos, que após análise, apontaram que a prevalência dos distúrbios do sono, entre a equipe de enfermagem, está relacionado ao estresse ocupacional, ansiedade e depressão. O medo da infecção também foi mencionado pelos profissionais. A insônia foi a principal alteração do padrão do sono identificada entre os estudos, sendo os técnicos de enfermagem a categoria mais afetada. Outras questões como interrupção do sono, dificuldades para início do sono e alterações no comportamento após vigília, também foram observados entre os estudos. Conclusão: O estudo revela a extrema necessidade de elaboração de programas e estratégias que minimizem os danos à saúde mental e que promova o bem-estar dos profissionais da enfermagem em seu ambiente ocupacional, para futuras novas crises sanitárias que o planeta possa a vir enfrentar.