Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são um problema mundial, com impacto direto tanto no surgimento de outros agravos quanto nos custos dos sistemas de saúde. Nesse sentido, o adequado acompanhamento das DCNT nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) é crucial para o enfrentamento desta questão. Para tanto, as equipes de saúde da APS precisam atuar pautadas em recomendações atualizadas, o que demanda ações constantes no âmbito da educação permanente (EP). Objetivo: Investigar a participação dos profissionais de saúde de nível superior atuantes na APS em ações de EP sobre DCNT. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa e exploratória aprovada em Comitê de Ética (CAAE nº 49017721.7.0000.5568), realizado com apoio de recursos da Chamada CNPq/MS/SAPS/DEPROS Nº 28/2020 / Processo 443292/2020-5). O público-alvo foram os profissionais de saúde de nível superior atuantes na APS dos municípios da V Unidade Regional de Saúde Pública do estado do Rio Grande do Norte no período de dezembro de 2021 a junho de 2022. Os participantes foram convidados a preencher um formulário com questões referentes às participações de EP sobre DCNT. Resultados: Participaram 55 profissionais, 24(43,6%) eram enfermeiros. Dos respondentes, 40(72,7%) nunca participaram como ouvinte em atividades de EP no próprio serviço e nem em outro espaço 39(70,9%), bem como não colaboraram com ações de EP no próprio serviço 35(63,6%) e nem em outro espaço 48(87,2%). Quanto a motivação para participar de futuras ações de EP sobre DCNT, 31(56,3%), 23(67,2%) e 15(27,2%) se sentem motivados a participarem na modalidade semipresencial, presencial e a distância, respectivamente. Sabe-se que a EP colabora com a consolidação do Sistema Único de Saúde, permitindo o aperfeiçoamento dos profissionais e a melhoria dos serviços de saúde. No entanto, é importante conhecer a realidade para planejar ações de EP mais efetivas. Conclusão: A maioria dos profissionais não participou de ações de EP sobre DCNT, apontando uma fragilidade dos serviços nesse quesito. Outrossim, é preocupante a baixa motivação destes profissionais em tomar parte de iniciativas de EP sobre DCNT. É necessário desenhar estratégias para motivar a participação e produzir ações de EP que ajudem a sanar as fragilidades identificadas.